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Política

Político criou ?empresas laranjas? no Pará com recursos de prefeitura alagoana

Danilo Dâmaso vai responder processo no Pará

O ex-prefeito Danilo Dâmaso criou ‘empresas laranjas’ no estado do Pará com recursos desviados da prefeitura de Marechal Deodoro, município alagoano onde o político foi preso nesta quarta-feira, 24, durante operação realizada pela Polícia Federal (PF). Danilo é apontado como cabeça do esquema que causou prejuízo de R$ 17 milhões aos cofres do município de Vitória do Xingu-PA, cujo prefeito é filho de Danilo Dâmaso.

As informações que acrescentam mais dados à lista de crimes do político que responde outros processos policiais foram apresentadas horas depois de sua captura, durante entrevista coletiva concedida pelo superintendente da Polícia Federal em Alagoas, delegado Amaro Vieira. As empresas fictícias criadas no município paraense, inclusive com uso de verbas da prefeitura alagoana que foi administrada por Danilo Dâmaso, segundo a investigação da PF do Pará, eram beneficiadas em processos licitatórios lançados por Liberalino Ribeiro de Almeida Neto, filho de Danilo e atual gestor de Vitória do Xingu.

A descoberta do esquema criminoso começou durante os desdobramentos das Operações Guabiru e Carrança, ambas deflagradas pela Polícia Federal para apurar desvio de verbas públicas. Ainda durante a coletiva, o delegado Amaro Vieira informou que Danilo Dâmaso será indiciado por formação de quadrilha, falsidade ideológica, estelionato, peculato e lavagem de dinheiro.

Apesar de o político ter sido preso em Alagoas por agentes da PF, ele será transferido para o Estado do Pará, Estado de origem do mandado de prisão preventiva contra Danilo Dâmaso e onde dez pessoas foram presas durante a mesma operação.