A Política Nacional de Humanização (PNH), também conhecida como HumanizaSUS , lançada pelo Ministério da Saúde há 11 anos, aposta na inclusão de trabalhadores, usuários e gestores na produção e gestão do cuidado e dos processos de trabalho. Em Maceió, os Centros de Atenção Psicossociais (Caps) e muitas unidades de saúde também já adotam a proposta, por meio da escuta qualificada ou acolhimento.
O psicólogo Luciano Barros da equipe do HumanizaSUS da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ressalta que cerca de 30 unidades localizadas nos distritos sanitários II, VI E VII já trabalham no modelo preconizado pela Política Nacional de Humanização, como por exemplo, as unidades do Village II e do Dídimo Otto Kummer, no Conjunto Carminha. “Já existe o atendimento preferencial, regras para exames, horário de vacina definido e o serviço de escuta qualificada, também conhecida como acolhimento”, elencou Barros.
Na prática, escuta qualificada ou acolhimento, segundo o Ministério da Saúde, significa dar a oportunidade de ouvir a queixa do paciente, considerando suas preocupações e angústias, possibilitando analisar a demanda e colocando os limites necessários para garantir atenção integral, resolutiva e responsável.
Por meio dessa prática, oferecida pelos trabalhadores às necessidades do usuário, é possível garantir o acesso oportuno desses usuários a tecnologias, ampliando a afetividade das práticas de saúde. Isso assegura, por exemplo, que todos sejam atendidos com prioridades a partir da avaliação de vulnerabilidade, gravidade e risco.
No final de setembro, um evento realizado em Maceió, apresentou os 42 profissionais que concluíram o Curso de Formação de Apoiadores da Política Nacional de Humanização (PNH).
O objetivo do Ministério da Saúde é o de formar apoiadores institucionais capazes de compreender a complexa dinâmica da produção da tríade saúde – doença – atenção e de intervir sobre os problemas de gestão dos serviços e processos de trabalho em saúde com soluções criativas, tomando por referência Política do Ministério da Saúde.
Os profissionais passaram por nove módulos aprendendo os conteúdos necessários as ações de saúde do projeto. Ao todo foram 180 horas de aula, sendo 144 de encontros presenciais e 36horas de atividades de dispersão.
