
Policias de várias patentes decidiram, em assembleia realizada no Clube dos Subtenentes e Sargentos Militares, no bairro do Trapiche da Barra, pelo aquartelamento a partir da próxima quarta-feira, 7 de abril.
Eles alegam que há três anos vem tentando conversar com o governador sobre a situação financeira e de trabalho da categoria, mas não obtiveram êxito. A categoria insiste em lutar por uma política de valorização profissional, que consiste em melhores salários, condições adequadas de trabalho e uma escala de serviço compatível com a carreira.
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados (ACS) de Alagoas, cabo PM Wagner Simas, disse que outros pontos também precisam de ajustes na Polícia Militar. Entre eles estão as denúncias, segundo ele constantes, de abuso de autoridade praticados pelos comandantes das unidades. Recentemente, militares da 3ª e da 5ª Companhia da PM denunciaram tentativa de intimidação ao Ministério Público. Eles foram transferidos após comunicarem o fato ao órgão.
Eles também seguem um calendário nacional de mobilizações pela aprovação das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 300/08 e 446/09, as associações dos militares reúnem a tropa e adiantam que podem deliberar paralisação por tempo indeterminado. Além da tramitação das PECs, na Câmara Federal, os militares informam que a pauta de reivindicações local também foi debatida e por causa dela um aquartelamento foi deliberado.
Os policiais afirmam que há um déficit salarial dos policiais e bombeiros de Alagoas de quatro anos, referentes às datas-base que não foram pagas. Há ainda um percentual de 7% restante de uma negociação feita no início de 2007, que deveria ter sido aplicada aos vencimentos deste período.