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Policial

PC trabalha com hipótese de tentativa de homicídio seguida de suicídio em caso de envenenamento em Penedo

Ângela Marta e sua vizinha Neuza Oliveira haviam sido hospitalizadas na segunda-feira, 17

O caso do envenenamento da manicure Ângela Marta e de sua vizinha Neuza Oliveira ganhou novos desdobramentos nesta terça-feira, 18 de novembro. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da 7ª Região, que tem à frente o delegado Maurício Cruz, intensifica as investigações para esclarecer o episódio que chocou moradores de Penedo.

Em entrevista à nossa redação, o chefe de operações da DHPP, Gledson Silva, confirmou que a principal linha de investigação aponta para uma tentativa de homicídio seguida de suicídio.

Segundo a Polícia Civil, evidências e depoimentos indicam que Antônio Bispo, de 84 anos, teria colocado chumbinho na comida preparada por Ângela. Após perceber que ela passou mal, o idoso teria ingerido o mesmo veneno com a intenção de tirar a própria vida.

“Os depoimentos colhidos até agora apontam que a manicure preparou o almoço e ele comeu primeiro. Depois de algum tempo, Ângela e a vizinha foram comer e passaram mal. Na madrugada, quando a filha voltou, ele estava do mesmo jeito e teria dito que não queria ir ao hospital, que queria morrer”, relatou o policial.

Ainda conforme Gledson Silva, essa não teria sido a primeira tentativa de agressão do idoso contra Ângela. Familiares contaram que, em outra ocasião, Antônio já havia tentado matá-la arremessando uma pedra grande em sua direção.

Depoimentos também revelam que, embora morassem na mesma casa, o casal estava separado há quatro anos. Ângela apenas cuidava do idoso por compaixão e responsabilidade, mas o relacionamento conjugal já havia terminado. Mesmo assim, Antônio demonstrava ciúmes constantes, não aceitava que a manicure seguisse sua vida e chegava a ameaçá-la de morte, afirmando que depois tiraria a própria vida.

Antônio Bispo não resistiu e morreu na noite desta segunda-feira, 17, na UPA de Penedo. Já Ângela Marta e Neuza Oliveira seguem hospitalizadas. A Polícia Civil continua ouvindo testemunhas para esclarecer completamente as circunstâncias do crime.