Infecção pelo mosquito se dá pela fêmea
A Polícia Militar do Estado de Sergipe e a Petrobras realizam, na manhã da terça-feira, 16, a ação ‘Polícia Militar e Petrobras no Combate ao Mosquito Aedes Aegypti’. A parceria é uma contribuição das duas instituições no esforço que o Governo do estado de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Saúde, vem fazendo no combate ao ‘mosquito da dengue’. A ação conta com o emprego de 390 alunos do Curso de Formação de Soldados (CFSd), além de 150 voluntários da Força de Trabalho da Petrobras.
Segundo a coordenação do evento, os trabalhos terão início às 7h, na sede da Petrobras, na rua Acre, onde a médica Fátima Lessa, chefe do setor de saúde da Petrobras em Sergipe, com o apoio de profissionais das secretarias de saúde do estado e do município, passará as instruções necessárias para o bom desempenho das atividades em campo.
Segundo o que já foi definido, a ação será de conscientização e inspeção, com distribuição de panfletos das secretarias de saúde; de orientações ao combate doméstico do mosquito e de identificação de focos. Além do recurso humano, o evento também conta com veículos, que transportarão os objetos que possam tornar-se reservatórios de água para a proliferação das larvas do Aedes, a exemplo de pneus e latas.
Beneficiados
Neste primeiro momento, a Petrobras e a PMSE escolheram seis grandes áreas adjacentes à sede da Petrobras e ao Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP). Assim, serão alcançados os bairros América, Siqueira Campos e Jabutiana, além dos conjuntos Sol Nascente, Santa Lúcia, Costa e Silva e Castelo Branco I e II. Cerca de 540 homens e mulheres estarão mobilizados no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela urbana.
Sobre o Aedes aegypti
A infecção pelo mosquito se dá pela fêmea, que suga sangue para produzir ovos. A fêmea deposita seus ovos em locais com água parada (limpa ou pouco poluída). Por isso, é importante não deixar objetos com água parada dentro de casa ou no quintal. Uma vez infectado, o mosquito transmite o vírus por meio de novas picadas.
Originário do Egito, o mosquito se dispersou pelo mundo a partir da África: primeiro para as Américas e, em seguida, para a Ásia. Ele teria se disseminado para o continente americano por meio de embarcações que aportaram no Brasil para o tráfico de negros escravizados. Há registros da presença do vetor em Curitiba, no final do século 19, e em Niterói (RJ), no início do século 20.
Ao chegar às cidades, o Aedes passou a ser o responsável por surtos de febre amarela e dengue. Com a classificação da dengue como doença endêmica, na década de 1990, esta passou a estar em evidência todos os anos, principalmente no verão, época mais favorável à reprodução do mosquito.
Para evitar sua proliferação, faz-se necessário a conscientização da população sobre condutas simples, como esvaziar garrafas, pneus, caixas d’águas em desuso e outros objetos que possam acumular água parada. Somente com a participação de todos, individual e coletivamente, será possível vencer a guerra contra o mosquito Aedes aegypti e preservar a saúde dos cidadãos, principal alvo da campanha desenvolvida pela Polícia Militar de Sergipe em parceria com a Petrobras, instituições comprometidos em bem servir à sociedade sergipana.
Doenças transmitidas pelo vetor
Microcefalia
Em Sergipe, já foram notificados 180 casos de microcefalia em 46 municípios sergipanos. Foram 158 casos notificados em 2015 e 22 em 2016. Aracaju registra 45 casos, seguido por Nossa Senhora do Socorro, com 18, e Itabaiana com 13 casos.
Zika
Até 05 de fevereiro de 2016, foram coletadas e enviadas para o Laboratório de Referência Nacional 682 amostras de casos suspeitos de Febre do Zika. Até o momento, temos o resultado de 124, nas quais não foi detectado o Zika vírus, e as demais ainda aguardam resultados. Um total de 191 amostras foi coletado em Aracaju, 76 em Canindé e 42 em Nossa Senhora das Dores.
Chikungunya
No final de 2013, foi registrada a transmissão autóctone da Febre do Chikungunya em vários países do Caribe e, em 2014, confirmados casos autóctones no Brasil e em vários países do continente americano. Em 2014, em Sergipe, foram colhidas 68 amostras de casos suspeitos de Febre do Chikungunya e encaminhadas para o Laboratório de Referência Nacional, sendo apenas uma amostra reagente no mês de outubro, tratando-se de caso importado de Feira de Santana (Bahia). Em julho de 2015, foi identificada a primeira amostra reagente autóctone, em Aracaju. Deste então, já foram confirmados laboratorialmente 194 casos, em 30 municípios. Aracaju (31 casos), Nossa Senhora das Dores (23) e Laranjeiras (19) concentram o maior número de casos.
Dengue
Em 2016, foram notificados até o presente 468 casos de dengue, com taxa de incidência de 20,87/100.000hab. O município que apresentou mais casos foi Itabaianinha com 143 casos, incidência de 345,38/100.00 habitantes.
