
Famílias que moram em área do aeroporto de Penedo não tem para onde ir
O despejo dos posseiros que ocupam terrenos situados na área do Aeroporto Freitas Melro, situado em Penedo, preocupa o Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar. Cientes da falta de moradia para 14 das 73 famílias que receberam ordem da justiça federal para deixar o local, a entidade criada para mediar situações de conflito tenta conseguir abrigo para os moradores que podem ser despejados a qualquer momento.
De acordo com o tenente coronel Róbson Gomes Cavalcante, que responde pelo Centro de Gerenciamento de Crises da PM alagoana, a solução que visa evitar um problema social foi tentada junto à prefeitura de Penedo, mas a administração municipal alegou que poderia apenas disponibilizar transporte para remover as famílias. Já o pedido de moradias para as 14 famílias que ergueram casas em área do aeroporto foi negado.
“Algumas dessas 14 famílias residem no local há mais de vinte anos e mesmo sendo uma decisão da justiça federal, não adianta chegar lá, cumprir a ordem e jogar esse pessoal na rua. No mínimo, tem que arrumar um local para abrigar essas famílias”, explicou o tenente coronel Róbson Cavalcante. Apesar disso, o oficial afirma que a decisão será cumprida, informação é que de conhecimento dos posseiros que receberam a visita de integrantes do Centro de Gerenciamento de Crises da PM nesta segunda-feira, 23.
Outro fato novo que envolve a retirada das famílias que ocupam terrenos do aeroporto de Penedo é um processo movido contra a União. O terreno oferecido aos posseiros pela Aeronáutica, a título de indenização pela construção dos imóveis e cultivo de pequenas lavouras, não pertenceria ao governo federal, conforme ação movida por proprietário particular que alega, com base em título de propriedade, ser o dono da área que chegou a ser destinada para atender as famílias de baixa renda atingidas pela desapropriação.