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Alagoas

Polícia investiga casa de religiosos acusados de abusos em Arapiraca

Monsenhores Luiz Marques e Raimundo Gomes são acusados de abusar sexualmente de menores no município de Arapiraca

A Policia Civil de Alagoas realizou nesta terça (13) quatro mandados de busca e apreensão nas residências dos monsenhores Luiz Marques e Raimundo Gomes e do padre Edilson Gomes, investigados no caso de abuso sexual contra menores. Os mandados foram determinados pelo juiz da Comarca de Arapiraca, Jonh Silas, a pedido da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual. As diligências foram cumpridas pela delegada Bárbara Arraes e de mais dois delegados da região.

O juiz disse que não poderia fornecer informações sobre as investigações porque o caso corre em segredo de justiça. A delegada Bárbara Arraes, que trabalha no caso junto da delegada Maria Angelita, afirmou que todo material que possa interessar às investigações seria recolhido nas residências, a exemplo de computadores e fotografias. “O material será levado para a Central de Polícia, em Maceió, e em seguida enviado à perícia”, explicou a delegada.

O escândalo envolvendo dois monsenhores e um padre da Igreja Católica de Arapiraca teve início quando o Programa Conexão Repórter, do SBT, veiculou uma matéria com denúncias de ex-coroinhas acusando os religiosos de abuso sexual. Durante o programa, foi exibido um vídeo, gravado por uma das vítimas, onde o monsenhor Luiz Marques Barbosa aparece, supostamente, tendo uma relação sexual com um jovem de 20 anos. Na mesma reportagem, os ex-coroinhas denunciam que vinham sendo aliciados pelos padres desde que eram crianças.

O caso despertou o interesse do Vaticano e da CPI da Pedofilia, que programou para a próxima sexta-feira uma visita a Arapiraca, que fica a 146 quilômetros de Maceió, para colher depoimentos das vítimas, testemunhas e dos envolvidos no escândalo sexual.

Além dos ex-coroinhas, devem depor aos integrantes da CPI da Pedofilia os monsenhores Luiz Marques Barbosa e Raimundo Gomes, o padre Edilson Duarte, acusados de abusar sexualmente os adolescentes. As delegadas Bárbara Arraes e Maria Angelita, responsáveis pelo inquérito que investiga denúncias, também serão ouvidas pelos senadores da CPI, que é presidida pelo senador Magno Malta (PR-ES).