O delegado regional de Batalha, Rodrigo Rocha Cavalcanti, revelou na tarde desta segunda-feira (21), ter identificado os matadores do cabo da Polícia Militar (PM), Josival Oliveira da Silva, executado a tiros na tarde de sexta-feira (12), na estrada de acesso ao município de Monteirópolis, no Sertão de Alagoas.
No momento do atentado, uma sobrinha da esposa do militar, identificada como Jéssica Andrade, de 12 anos, também foi ferida a bala e morreu. O militar dirigia um veículo oficial descaracterizado.
Segundo o delegado, o crime foi praticado por vingança e teria sido executado pelos irmãos Rodrigo “Vaqueiro”, Henrique “Batata” e Jean, que negociam veículos em Arapiraca e são suspeitos de envolvimento em crimes na região.
De acordo com testemunhas arroladas pela Polícia Civil, o pai dos suspeitos foi assassinado pela vítima durante uma discussão em um bar, localizado no município de Arapiraca, há cerca de 15 anos. “Há seis meses, ele vinha sendo ameaçado pelos irmãos”, declarou o delegado.
Os matadores do cabo Josival usaram no atentado uma arma de calibre ponto 40. E, segundo informações, o veículo utilizado pelos criminosos foi um Fiat Uno, quatro portas, cor preta.
Os três suspeitos estão com prisão temporária (30 dias) – pelo duplo homicídio qualificado, decretada pelo juiz Durval Mendonça, da comarca de Olho D´Água das Flores, que responde por Monteirópolis.
Os irmãos se encontram foragidos. O delegado solicita informações sobre os suspeitos pelo Disque Denúncia da Polícia Civil – 0800 284 9390. Com sigilo absoluto da fonte.
O diretor do Departamento de Polícia Judiciária (Área 1), delegado Maurício Henrique, colocou todo pessoal disponível para efetuar a captura dos suspeitos. “Estou contando também com o apoio do coronel Hamilton Rocha, comandante do 9º Batalhão da PM, com quem a vítima trabalhava. Os militares daquele batalhão estão de luto pela morte do companheiro”, completou Rodrigo.
“Um dos militares chegou a dizer que a prisão dos acusados é uma questão de honra. Um crime desta natureza contra ao integrante da corporação é um atentado contra o próprio Estado”, lembrou o delegado.