Menos de um mês foi o período gasto pela Polícia Civil de Sergipe para elucidar dois assaltos que aconteceram no dia 21 de maio deste ano às fábricas da Maratá, localizada na cidade de Itaporanga D’Ajuda e Fruteb no município de São Cristóvão. Cinco dos seis integrantes da quadrilha que agiu em Sergipe foram presos nos estados de São Paulo e Goiás. Segundo a polícia sergipana, existem registros da atuação do bando em diversos estados do Brasil.
Na manhã desta terça-feira, 21, o diretor do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), Everton Santos, e os delegados Cristiano Barreto e André Baronto, detalharam à imprensa a investigação e as prisões. A operação que desarticulou o grupo criminoso contou com a participação de 15 policiais civis do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) e teve o apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), do DEIC do estado de Minas Gerais e da Delegacia Geral da cidade de São José do Rio Preto-SP.
O delegado Everton dos Santos fez questão de destacar na coletiva à imprensa que criminosos que atuam em Sergipe não demoram muito tempo em liberdade, pois o trabalho das forças policiais vem sendo realizado com muita eficiência, inteligência e profissionalismo. “Esqueceram de avisar aos integrantes desta quadrilha que em Sergipe bandido não se cria e não se aposenta. Dois dos presos são foragidos do estado de São Paulo e os outros três tem passagem por assalto e tráfico de drogas”, afirmou o diretor do Cope.
Na última quarta-feira, 16, foram presos na cidade paulista de Cedral Devid Pirane Bote, 28 anos, natural da cidade de São José do Rio Preto e Wender Daniel dos Santos, 28 anos, natural também do município paulista. Já na madrugada do último domingo, 19, a polícia sergipana prendeu em Goiás Lucas Pirane Bote, 26 anos, natural do município de São José do Rio Preto, onde residia, Felix da Silva Neto, 28 anos, que usava o nome de Bruno de Jesus Martins, conhecido como “Bruno Neguinho”, morador da cidade de Araguaiana-TO e também natural de São José do Rio Preto e Rafael dos Santos Magalhães, 28 anos, natural do estado de Minas Gerais, e residente na cidade de Londrina-PR, apontado pela polícia como líder da quadrilha processado com o nome de José Rafael Alcântara.
“Os três últimos presos foram surpreendidos na cidade de Aparecida de Goiânia, quando arquitetavam assaltar uma fábrica de sucos localizada no município. João Rafael responde pelo crime de lavagem de dinheiro e tem ligação com uma facção criminosa do estado de São Paulo”, explicou o delegado Cristiano Barreto.
Com o grupo foi apreendido um revólver calibre 38, que pode ser uma das armas levadas dos seguranças da fábrica Maratá, um alicate e uma serra. A polícia busca agora o sexto integrante da quadrilha que já foi identificado e possui mandado de prisão preventiva. O bando foi indiciado pelos crimes de roubo qualificado e formação de quadrilha armada.