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Policial

Polícia de Sergipe apresenta acusados do triplo homicídio no Peba

Em um ambiente tomado por muita emoção, o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Everton dos Santos, prestou na manhã desta quinta-feira, 21, detalhes sobre as investigações que culminaram com a elucidação do triplo homicídio registrado no dia 11 de janeiro deste ano na Praia do Peba, no município alagoano de Piaçabuçu. Na oportunidade, foram assassinados o policial civil sergipano Sergio Figueiredo, o empresário José Jamyl Teixeira e o barbeiro Francisco Calixto dos Santos.

Foram apresentados no auditório da Academia de Polícia Civil (Acadepol), dois dos acusados de envolvimento com o crime. De acordo com a polícia, Valdemar dos Santos Neto, 26, foi o executor do policial Sérgio e do empresário Jamyl. “O bando abordou um comerciante afirmando que se tratava de policiais. Sergio interveio afirmando ser policial. Neto então perguntou sobre sua arma e ele disse que não estava armado. Foi aí então que ele pediu a identificação. Quando Sergio apresentou a carteira Neto deu um tapa em sua mão e deflagrou um tiro na cabeça. Ele ainda assassinou Jamyl e retornou para deflagrar mais tiros no nosso colega, de forma covarde”, explicou Everton.

Ainda de acordo com o delegado Everton, Alan da Silveira Lima Costa, 28, no dia do crime atuou como motorista do bando, conduzindo um Renault Clio sedan. Ele não participou da execução das vítimas. Um terceiro acusado, Marcos Almeida Santos, 30 anos, encontra-se foragido. De acordo com a polícia, ele foi o assassino do barbeiro que morava próximo ao local onde aconteceu o fato. Francisco Calixto estava na porta de sua casa e foi baleado pelo criminoso. “O Marquinhos tem passagem pela polícia e não vamos descansar enquanto na prendê-lo”, salientou Everton.

No dia do crime existia um policial militar de Alagoas que estava dentro da sede do destacamento local e que ainda tentou intervir na ação dos criminosos e foi intimado pelo bando. De acordo com a polícia sergipana, o militar e outras testemunhas reconheceram Neto e Alan. “As investigações foram iniciadas pelo delegado Paulo Cerqueira com a prisão de Alexsandro dos Santos, que foi o responsável pela articulação do assalto. Ele não participou da execução, ficando dentro do carro com o Alan”, explicou Everton Santos.

A polícia ainda apresentou Thiago Alves de Andrade, 27 anos, que tem ligação com o bando, mas não participou do triplo homicídio em Alagoas. Ele é acusado de participar, na companhia de Neto, de um assalto à casa de uma médica localizada no bairro Atalaia, de onde foi levado quase R$ 100 mil em jóias. O crime teve, também, o apoio do traficante Rubens José de Freitas, mais conhecido como “Rubinho”, que foi morto durante um confronto com a polícia sergipana no dia 21 de outubro de 2009. Neto era compadre do traficante.

O coordenador da Divisão Especial de Investigação e Capturas da Polícia Civil de Alagoas (Deic), delegado Paulo Cerqueira, participou da coletiva juntamente com policiais alagoanos. O delegado da cidade de Propriá, Antônio Francisco, que participou das investigações. Participaram das diligências policiais do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), unidades da Coordenadoria das Delegacias da Capital (Copcal) com o apoio investigativo da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol).

Criminoso

Contra Valdemar dos Santos Neto havia uma prisão condenatória e uma prisão preventiva por conta de um assalto a casa de uma médica, de onde foi levado jóias e um assalto a casa de um promotor de Justiça. Segundo a polícia, Neto é um criminoso perigoso e que não deveria estar solto. Há a suspeita de que o bando realizou diversos assaltos na região do Pontal do Peba. Neto e Alan serão encaminhados ainda hoje para a cidade de Maceió, onde serão encaminhados para o sistema prisional.