
José de Jesus Silva, chamado de
No dia 06 de abril deste ano, por volta das 06hs, no local chamado de “Chã Grande”, próximo ao Povoado Coroa de Areia, na zona rural de Junqueiro, foi localizado o corpo de José de Jesus Silva, chamado de “Zé do Né”, 46 anos, vítima de dois disparos de arma de fogo do tipo espingarda de calibre .12, que atingiram a região do seu peito.
Sob o comando do Delegado Rubem Natário, policiais civis de Junqueiro, estiveram na cena do crime, realizando os primeiros levantamentos, que mostraram que a vítima foi abordada, imobilizada e transportada de cavalo de até local onde ocorreu a execução.
As investigações correram por conta do Inquérito Policial nº 20/10-80º DP, o que levou ao pedido de prisão de Jailson Silva dos Santos, alcunha “Galego”, 31 anos e Josivan dos Santos, conhecido como “Negão”, 18 anos, este genro da vítima. Ambos foram presos durante este final de semana no mesmo povoado onde aconteceu o crime, em um trabalho em conjunto com policiais militares do GPM de Junqueiro.
Os dois elementos presos já foram interrogados pelo Delegado Rubem Natário e confessaram a autoria do crime, alegando que se não matassem o “Zé do Né”, hoje não estariam vivos para contar a história, baseando-se ambos em uma suposta armação da vítima que estaria a fim de vê-los mortos.
Motivos para o crime
Segundo o que se apurou no Inquérito, o José de Jesus Silva não aceitava o relacionamento de sua filha com o tal “Negão”, humilhando o mesmo em várias oportunidades, até que certo dia, sofreu um atentado contra a vida, quando trafegava em seu carro, que foi atingido por um disparo de arma de fogo.
Depois deste acontecido, a vítima comprou uma espingarda de calibre .12, que acabou sendo usada contra ela, quando do homicídio, passando a portá-la diariamente, suspeitando do seu genro “Negão” e do “Jailson”, como sendo os responsáveis pelo atentado.
Sabendo de um possível plano do “Zé do Né” em matá-los, os acusados se adiantaram e na noite do dia 05.04.2010 às 20h:30min, interceptaram a vítima quando a mesma seguia para o trabalho. Os meliantes ficaram escondidos no matagal e ao perceberem que a vítima, tinha acabado de passar, atingiram a mesma na cabeça, com um pedaço de pau.
O “Zé do Né”, tentou reagir, mas foi contido com mais golpes de madeira, sendo tomada a sua espingarda, oportunidade em o “Jailson” lhe desferiu uma “coronhada” que lhe deixou desacordado.
Do local próximo ao grupo escolar, a vítima foi arrastada até um cavalo que tinha sido furtado horas antes, sendo posto na garupa do animal e levada ao local onde foi executada com dois disparos no peito.
A arma do crime, espingarda de calibre .12, que acabou sendo roubada da vítima, foi jogada no dia seguinte ao homicídio no açude da Usina.
Autor esteve presente durante perícia
O Josivan dos Santos foi reconhecido pelo Chefe de Operações Welber, como sendo um dos curiosos que estiveram na cena do crime, acompanhando os trabalhos da polícia e da perícia, segundo ele (Josivan) resolveu se dirigir a cena do crime, novamente, para não levantar suspeitas de sua pessoa.
Indiciados permanecerão presos
Nos próximos dias o Inquérito Policial está sendo concluído e os indiciados permanecerão presos á disposição da Justiça.
O Jailson Silva dos Santos é fugitivo do CDP de São Bernardo do Campo, no Estado de São Paulo, lá praticou roubos e foi condenado a mais de 06 anos de reclusão.
A prisão do “Negão e do Galego”, só foi possível, graças à colaboração incontestável do Juíz da Comarca de Junqueiro, na pessoa do Dr. Hélio Pinheiro, que decretou a prisão dos elementos e a busca e apreensão em suas residências.