O Núcleo de Inteligência (NI) da Delegacia Geral da Polícia Civil de Alagoas confirmou nesta quarta-feira (2) a prisão do ex-cabo da PM alagoana Cícero Felizardo dos Santos – o “Cição”.
A confirmação foi dada pelo delegado da cidade de Vargem Grande Paulista, cidade da região metropolitana de São Paulo, onde o ex-militar foi parado numa blitz e apresentou Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em nome de Amaro Joaquim de Santana, supostamente identidade falsa que utilizava para não ser localizado pela polícia.
O ex-cabo PM está recolhido na cadeia pública de Carapicuíba, também na Grande São Paulo, e deve ser transferido para Alagoas.
A transferência já está sendo providenciada pelo delegado-geral da PC, José Edson Freitas.
Mesmo foragido, “Cição” foi condenado a 33 anos de prisão, juntamente com o ex-cabo da PM, Everaldo Pereira dos Santos, pelo júri popular de Maceió, em novembro de 2009, por homicídio triplamente qualificado. O julgamento foi presidido pelo juiz Geraldo Amorim, da 9ª Vara Criminal.
Os ex-cabos “Cição” e Everaldo foram acusados ainda de integrar a chamada “Gangue Fardada”, organização criminosa que foi desbaratada nos anos 90 em Alagoas. O grupo criminoso atuaria em crimes de pistolagem, roubo de carros e de cargas, e desmanches de carros.
Everaldo Pereira – pai da jovem Eloá, que foi mantida em cativeiro e assassinada pelo namorado, em São Paulo – também foi preso pela PC alagoana, em dezembro de 2009, numa chácara localizada no Conjunto Eustáquio Gomes, no Tabuleiro do Martins, periferia de Maceió.
Em junho do ano passado, a polícia alagoana prendeu o também ex-cabo PM João Gabriel Felizardo dos Santos, irmão do ex-cabo “Cição”, na cidade de Beberibe, interior do Ceará, a 76 Km da capital.
A prisão de Gabriel ocorreu após uma denúncia anônima chegada à PC alagoana. Policiais civis iniciaram um trabalho de investigação que culminou com a sua localização.
Gabriel, acusado de crime de homicídio, trabalhava em uma empresa de segurança no interior cearense, estava utilizando o nome falso de Alex Siqueira da Silva, e ocupava o cargo de encarregado de segurança da referida empresa.
Ele foi trazido para Alagoas e recolhido ao sistema prisional. O acusado ainda confirmou que era desertor da Polícia Militar de Alagoas.