A Polícia Científica de Sergipe avançará na análise e emissão de laudos periciais com o recebimento de um analisador genético adquirido pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). O equipamento processa amostras degradadas de DNA – em que há algum comprometimento na integridade física do material biológico – coletadas em local de crime. O investimento na aquisição do analisador foi de R$ 940 mil, com recurso viabilizado em projeto feito pela Diretoria de Planejamento da SSP (Diplan) e do ‘Fundo a Fundo’ do Governo Federal.
“Sergipe é o primeiro estado do país a ter esse equipamento. É um trabalho em conjunto com a Diplan, da SSP, e é Sergipe dando mais um passo na segurança pública a favor da sociedade”, destacou o diretor do Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), Kleber Willer, enfatizando a importância do investimento em tecnologia na Polícia Científica de Sergipe.
Com o novo analisador genético, a Polícia Científica dá mais um passo na constante evolução da qualidade técnica de exames periciais no estado. O aparelho qualifica os laudos periciais, garantindo a qualidade e robustez das informações técnicas coletadas em local de crime, auxiliando na investigação de casos de crimes sexuais, homicídios e latrocínios.
Operacionalização
Com o recebimento do analisador genético, os peritos criminais do IAPF, instituição vinculada à Polícia Científica e que utilizará o equipamento, iniciaram o treinamento para uso da nova tecnologia, conforme explicou o diretor do IAPF. “Dessa maneira, faz com que os peritos deem uma resposta mais rápida à sociedade”, salientou Kleber.
Por ser uma tecnologia nova, cujo alvo é a análise de amostras já degradadas, é fundamental o treinamento dos peritos criminais. “São amostras críticas, com DNA mais degradado e mais difíceis de identificar um perfil genético e, com esse novo equipamento, a tendência é que a gente consiga obter esses perfis para solucionar ainda mais casos”, complementou o diretor do IAPF.
Diferenciais e avanços
Diferentemente de técnicas antigas, onde o resultado era visto em microscópio, o resultado da análise é visualizado pelo perito criminal diretamente no analisador genético, conforme explicou Ludmila Borges, representante da empresa responsável pelo aparelho entregue à Polícia Científica de Sergipe. “É um equipamento de nova geração que possibilita a análise de amostras degradadas e complexas em menos tempo”, contextualizou.
Com o analisador de DNA, haverá o incremento na otimização de análises de amostras relativas a crimes sexuais, além de também possibilitar novas perícias relativas a crimes contra a vida. “São amostras com pouco DNA e degradadas, assim como em casos nos quais o cadáver já está em estado de putrefação ou carbonização. É um sistema mais sensível que vai mostrar melhor o DNA”, explicou a representante.
Por Agência Sergipe