Paulo Rubim
A Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) garantiu, nesta quarta-feira (28), que a Polícia Civil vem avançando nas investigações em torno dos assassinatos de moradores de ruas e que os casos apurados apontam como motivos brigas e desentendimentos com as vítimas, além do tráfico de drogas. De acordo com a Seds, o único caso comprovado até agora que envolveu grupo de extermínio foi a chacina em que foram assassinados quatro jovens, ocorrida na região do Benedito Bentes.
“A maioria dos inquéritos policiais ainda está em andamento, mas os que já foram esclarecidos tiveram como motivos desacertos, brigas e tráfico de drogas; alguns é que podem ter sido praticados por grupos de extermínio, mas não podemos generalizar e falar na imprensa que todas as mortes foram praticadas por grupos organizados”, afirmou o secretário Paulo Rubim.
Para ele, a questão dos moradores de rua só ganha repercussão na mídia quando são vítimas de assassinatos, com a sociedade passando o problema para a polícia. “Mas reafirmo que a questão dos moradores de rua e da população excluída é uma responsabilidade social do poder público, seja municipal e estadual, e não da polícia”, ressaltou.
Ao reiterar que a polícia vem avançando nas investigações em torno desses crimes, Rubim comentou que uma possível colaboração da Polícia Federal nas investigações “sempre será bem vinda”, mas que não acredita em intervenção no trabalho da polícia alagoana. “Até porque estamos apurando todas as mortes de moradores de rua; não estamos de braços cruzados e inoperantes”, afirmou.
Com relação ao último assassinato ocorrido na capital, que teve como vítima o flanelinha José Sérgio dos Santos, o secretário informou que as investigações apontam que a vítima praticava pequenos furtos e tinha envolvimento com o tráfico de drogas. “Mas, independente das causas do crime, a Polícia Civil vem trabalhando para prender os autores desses assassinatos, sejam eles praticados por quem for”, destacou.