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Alagoas

PM desenvolve programa de prevenção ao Transtorno do Estresse Pós-traumático

A Polícia Militar de Alagoas publicou na edição dessa terça-feira, 30, em Boletim Geral Ostensivo da corporação, a portaria nº 039 que dispõe sobre a criação do programa de prevenção ao Transtorno do Estresse Pós-traumático (TEPT). A elaboração do projeto segue diretrizes nacionais de qualidade de vida na área de segurança pública e visa promover o devido acompanhamento psicológico aos agentes de segurança, possibilitando a superação ou minimização dos efeitos decorrentes de fatos potencialmente traumáticos.

De acordo com o chefe do Centro de Assistência Social da PM (CAS), tenente-coronel Hermes Cordeiro, o TEPT é um transtorno de ansiedade precipitado pela exposição a um trauma extremo, vivido ou testemunhado por um indivíduo, que envolva morte ou ferimento grave, ou uma ameaça à integridade física, causando medo intenso, impotência ou horror.

“Entre as ações do programa, está previsto o afastamento temporário do serviço operacional, para avaliação psicológica e redução do estresse, de agentes envolvidos diretamente em ocorrências com resultado letal. Outra pretensão do programa é reduzir o índice de morbidade e afastamento decorrentes do estresse profissional cumulativo e do transtorno do estresse pós-traumático, desenvolvendo procedimentos e ações para intervenção em incidentes críticos”, informou o oficial.

O programa considera o índice de adoecimento dos policiais militares empregados na atividade operacional, resultante da constante exposição ao perigo e risco de vida. Ao ser informado sobre a ocorrência de um incidente crítico, a equipe de psicólogos e assistentes sociais do CAS realizará o atendimento inicial, onde serão feitas a triagem e avaliação do quadro de saúde mental do PM, para então definir o tratamento a ser realizado, sua frequência e a forma de monitoramento.

De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Lima Júnior, a preocupação do comando da corporação ao viabilizar o programa foi promover o atendimento necessário e indicado aos policiais militares envolvidos nas referidas ocorrências.

“São situações delicadas, que interferem no aspecto psicológico do profissional e afetam diretamente o serviço prestado à sociedade. Nos casos em que forem necessários, iremos retirar este PM das ruas e recuperá-lo da situação crítica vivenciada, para, somente então, reconduzi-lo ao serviço operacional”, esclareceu Lima Júnior.

Palestras de sensibilização com vistas a conscientizar gestores e comandantes da corporação, bem como a oferta de cursos e palestras sobre o transtorno e suas implicações na saúde, além de oficinas de aperfeiçoamento das habilidades emocionais e a divulgação de diretrizes do programa na instituição, estão entre os mecanismos de fortalecimento do programa.