Dados prévios de uma pesquisa sobre extorsão, divulgados pelo portal Extra, revelou que Sergipe tem um dos índices mais baixos de corrupção dentre os estados brasileiros. A informação faz parte de uma prévia da Pesquisa Nacional de Vitimização, encomendada pelo Ministério da Justiça e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ao Datafolha.
O estudo aponta, por exemplo, que Sergipe apresenta 0,48% das vítimas de extorsão, ocupando o 23º lugar no ranking dos 26 estados que compõem a Federação e o Distrito Federal. O menor estado do Brasil fica abaixo apenas dos estados de Tocantins, Rondônia, Acre e Roraima no registro deste tipo de conduta delituosa, coincidentemente, Estados mais jovens da Federação.
Com 53,5% dos casos de extorsão do país, as polícias militares do Rio de Janeiro (30,23% das vítimas) e de São Paulo (18,22%) lideram com folga o que poderia ser o ranking da cobrança de propina pelas polícias militares no país. Vale dizer que o instituto ouviu 78.000 pessoas nos 26 estados e no Distrito Federal, perguntando a elas se foram vítimas de extorsão por parte da Polícia Militar.
Segundo o Ministério da Justiça, esse tipo de pesquisa procura captar as ocorrências de eventos criminais na população, com o objetivo de compará-los com os dados oficiais registrados pelas polícias, classificando-os por localidade, estrato social, cor da pele, idade, sexo e renda.
Para o comandante da PM, coronel Maurício Iunes, os números são resultado de um investimento que tem sido feito pelo Governo do Estado, em segmentos importantes, como o salarial, na estruturação das equipes policiais, com a aquisição de novas viaturas, coletes e armas de fogo. “Temos uma Polícia Militar hoje muito bem equipada e estamos trabalhando para melhorar a cada dia o moral da nossa tropa. Queremos nossos militares com a auto-estima elevada, porque o serviço prestado à população será a cada vez melhor”, comentou.
A amostra do estudo, que vem sendo preparado desde 2010, foi de 78.000 pessoas. No estado do Rio de Janeiro, foram 8.550 entrevistas. A íntegra do estudo será divulgada daqui a um mês. Por enquanto, os dados são uma prévia.
