
Advogado Leandro Costa, especialista em direitos das pessoas com deficiência - Foto: arquivo
Planos de saúde estão sendo alvo de denúncias por supostamente negar atendimento a crianças com deficiência. Segundo relatos de famílias e organizações de defesa dos direitos humanos, operadoras estariam dificultando o acesso a terapias essenciais, como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico, sob justificativas consideradas infundadas por especialistas.
As denúncias vieram à tona nos últimos dias e geraram revolta entre pais de crianças com autismo, paralisia cerebral e outras condições. Eles afirmam que, ao tentar agendar consultas ou sessões de tratamento, foram surpreendidos com negativas por parte do plano — em alguns casos, a cobertura foi suspensa logo após o diagnóstico da criança ser incluído no prontuário médico.
O advogado Leandro Costa, especialista em direitos das pessoas com deficiência, ressalta que essas situações têm se tornado frequentes.
“É cada vez mais comum o relato de pais que precisam recorrer à Justiça para garantir terapias que deveriam ser asseguradas. Infelizmente, os planos insistem em negar procedimentos com justificativas que contrariam a legislação vigente”, afirma.
Leandro Costa alerta ainda que limitar o número de sessões ou impor barreiras ao tratamento contínuo compromete o desenvolvimento das crianças e representa uma forma de violência institucional. “Esses tratamentos não são opcionais. São parte essencial do cuidado com a criança.”
A orientação para os pais é que documentem todas as negativas e busquem orientação jurídica para assegurar os direitos de seus filhos.