Nadando pelo Flamengo, Cielo conquistou dois ouros
Apesar da acirrada briga com o Minas, o Pinheiros, de São Paulo, conquistou ontem, em Santos, seu oitavo título consecutivo do Troféu Maria Lenk, 13.º na história da competição. A equipe manteve a hegemonia na natação brasileira ao fechar a disputa com 2.494,17 pontos, enquanto o Minas Tênis Clube ficou em segundo, com 2.192,50. Anfitrião, o Unisanta completou o pódio, com 1.145, seguido por Corinthians (1.129,50) e Flamengo (634,50).
Com a ausência dos maiôs tecnológicos, proibidos desde o início do ano, a edição de 2010 “voltou ao normal”. O torneio terminou com apenas dois recordes quebrados (200 m costas masculino e 4×200 m masculino). No ano passado, foram 37, sendo também 36 marcas sul-americanas. No total, a competição foi 1,3% mais lenta ? número que parece pouco, mas faz muita diferença em provas decididas em centésimos de segundos.
A estrela da competição foi o campeão olímpico e recordista mundial César Cielo, atleta do Flamengo, que também parece ter sentido os efeitos de nadar sem os maiôs especiais. Ele venceu com facilidade suas provas individuais, os 50 m (com 21s80) e 100 m livres (com 48s63).
Porém, não chegou perto de suas melhores marcas. “A proibição do maiô não mudou nada em termos de sensibilidade e treinos. Os tempos ainda estão altos, mas acho que é mais questão de tempo para chegarmos àqueles patamares”, analisou Cielo. “Agora, o que realmente muda é a recuperação. No fim da prova, você está muito mais cansado com a bermuda do que estaria de maiô.” O atleta também ajudou a equipe rubro-negra a subir no pódio nos revezamentos, com o ouro nos 4×100 m, a prata nos 4×50 m e o bronze nos 4×100 m.
Thiago Pereira também se destacou. De saída do Minas, o atleta terminou com dois ouros, uma prata e dois bronzes. “Como em todas as competições, dei o melhor de mim. Ainda mais que queria me despedir do Minas de forma positiva”, disse. Esta semana, o nadador será oficialmente apresentado pelo Corinthians, com o qual firmou contrato até dezembro de 2012.
Destaque feminino.
O último dia da competição ficou marcado pelo ótimo desempenho da chilena Kristel Kobrich nos 1.500 m livres. Nadando pelo Corinthians, ela venceu com o tempo de 16min14s48, segunda melhor marca no mundo neste ano na prova, superando Poliana Okimoto (16min33s96) e Ana Marcela Cunha (16min36s42), que completaram o pódio.
