Agropecuária também contribuiu para bons resultados
A Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan) divulgou, nesta quarta-feira (17), através da Superintendência de Gestão e Produção da Informação (Supegi), os números do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado no ano de 2008. Segundo o Setor de Contas Regionais da superintendência, Alagoas apresentou crescimento nos setores de Agropecuária, Indústria e Serviços.
Em 2008, o Estado de Alagoas apresentou um Produto Interno Bruto de R$ 19,47 milhões, sendo R$ 17,44 milhões provenientes do valor adicionado – que corresponde à contribuição de agentes econômicos para a formação do PIB – e R$ 2,03 milhões vindos de impostos.
O crescimento real do Estado foi de 4,1% em relação a 2007, superior ao estado vizinho, Sergipe, que apresentou uma taxa de crescimento de 2,6%. O PIB per capita, segundo os cálculos em 2008, situava-se em torno de R$ 6.22, superando o registrado em 2007, que apresentou um valor de R$ 5,85 mil.
A agropecuária, responsável por 7,9% do valor adicionado do Estado, o que corresponde a R$ 1.376 milhões, foi um dos setores que mais cresceu em 2008. Segundo o superintendente de Gestão e Produção da Informação, José Cândido do Nascimento, a variação positiva de 26,2% deu-se em função, principalmente, dos resultados positivos do setor agrícola (29,1%) e da pecuária (18,4%).
Os principais produtos agrícolas que apresentaram crescimento no índice de volume foram os cereais (51,8%), a cana de açúcar (18,2%) e os produtos cítricos (16,4%). Já a pecuária registrou crescimento de 16,7%.
A taxa de crescimento industrial encerrou 2008 com 3,2% de incremento. O setor que representa as atividades da indústria no Estado tem um peso de 23,2% do valor adicionado, o que corresponde a R$ 4,04 milhões.
Embora o segmento relacionado à indústria extrativa, que teve uma participação de 7,8% no valor adicionado do setor, tenha apresentado resultado negativo na taxa de variação (-5,8%), em função da queda na produção de petróleo (-25,6%), de dicloroetano (-16,8%) e de gás natural (-10,2%), a indústria de transformação, cuja participação representa 47,7% no valor adicionado, cresceu 3,2%.
“A variação positiva registrada na indústria de transformação ficou por conta do desempenho favorável da produção de álcool (169,9%), jornais, revistas e discos (115,2%), artigos de borrachas e plásticos (97%) e defensivos agrícolas (43,5%)”, detalha José Cândido. Além disso, outros segmentos do setor industrial registraram valores positivos, como os serviços industriais de utilidade pública – energia elétrica, água e gás (1,5%) e a construção civil (8,5%).
O setor de serviços, responsável por 68,9% do valor adicionado apresentou crescimento de 9,7% (R$ 12,02 milhões), em comparação ao ano de 2007. Os serviços que mais se destacaram na variação foram alojamento e alimentação (31,7%), administração pública (17,5%), atividades imobiliárias e aluguéis (15,3%), serviços prestados às famílias (11,8%), serviços prestados às empresas (7,9%), saúde e educação mercantil (7,3%), comércio e serviços de manutenção (5,6%) e serviços domésticos (3,9%). Em contrapartida este setor apresentou uma queda dos segmentos de Serviços de informação e transportes na ordem de (-13,4%) e (-7,6%), respectivamente.
