A população do município de Piaçabuçu, distante 135 km da capital alagoana, mais uma vez vive o drama da falta de água na cidade. O Serviço de fornecimento que é realizado pela Companhia de Abastecimento de Água e Saneamento do Estado de Alagoas – Casal, é de péssima qualidade no município, quando além de não efetivar o tratamento necessário por falta de uma estação, a comunidade ainda chega a ficar dias com as torneiras servindo apenas como mera peça de decoração.
No início do ano de 2009 a comunidade denunciou a péssima qualidade da água, distribuindo inclusive com a imprensa alagoana, garrafas com amostras do líquido que estava chegando às torneiras de suas casas. A Casal, prometeu regularizar a situação e em relatório divulgado informou que apesar da cor da água, não havia riscos nenhum para a população, justificando inclusive que o volume de águas pluviais que haviam caído este ano foi a principal causa para o problema.
Em pleno século XXI seria inadmissível cenas como as que presenciamos no município ribeirinho, com mulheres que para suprir suas necessidades nos serviços domésticos e de higiene pessoal têm que carregar por alguns metros, “latas d’água na cabeça”. No sertão alagoano até constatamos a cena que se repete e insiste em desafiar os renováveis discursos políticos em épocas eleitorais, no entanto, o problema da falta de água em Piaçabuçu é algo que desafia a compreensão daqueles que querem entender o porquê de uma cidade às margens do Rio São Francisco viver com tanta deficiência no fornecimento do precioso líquido.