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Política

PF prende secretário executivo do Ministério do Turismo e 37 pessoas

Trinta e oito pessoas foram presas durante a Operação Voucher, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (9). A ação, em conjunto com o Ministério Público Federal e a Secretaria de Controle Externo do Amapá, investiga supostos desvios de verbas públicas repassadas ao Ministério do Turismo, por meio de emendas parlamentares, destinadas a convênios para qualificação profissional.

Entre os presos estão o secretário executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, número dois na hierarquia da pasta, que estava em casa; o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins; o ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Mário Moyses, além de diretores e funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) e empresários.

Antes de assumir a secretaria executiva do ministério no início do ano, Frederico Costa chefiou a secretaria nacional de programas de desenvolvimento do turismo a partir de junho de 2008. Colbert Martins é ex-deputado federal pela Bahia e assumiu a Secretaria de Programas e Desenvolvimento no início deste ano. Mário Moyses presidiu a Embratur até junho de 2011. Em 2008, ele assumiu a Secretaria Executiva do ministério e, anteriormente, foi chefe de gabinete na gestão de Marta Suplicy na pasta.

Ao todo foram cumpridos 19 mandados de prisão preventiva, 19 de prisão temporária e sete de busca e apreensão em São Paulo, Brasília e Macapá. Cerca de 200 policiais federais atuaram na operação.

Segundo a PF, os presos preventivamente em São Paulo e em Brasília foram levados para Macapá em aviões da própria PF. De acordo com investigações feitas pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários no Amapá, foram apurados fortes indícios de desvio de recursos públicos, além de outras irregularidades na execução de convênio entre o Ministério de Turismo e o Ibrasi, ligado à capacitação profissional para o turismo no Amapá.