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Brasil/Mundo

PF acha cofre enterrado em jardim de promotora

Deborah Guerner e o ex-governador do DF, José Roberto Arruda, envolvidos em um suposto esquema de corrupção

Munida de mandado de busca e apreensão, a Polícia Federal (PF) localizou um cofre com dinheiro e memórias de computador, material enterrado no jardim da casa da Promotora do Ministério Público do Distrito Federal, Deborah Guerner, investigada na Operação Caixa de Pandora.

A apreensão foi divulgada nesta terça-feira, 16, pela assessoria de comunicação da PF, que não informou o valor do dinheiro encontrado no cofre. A estratégia de esconder a quantia e as mídias veio à tona devido a imagens gravadas por câmeras de segurança que flagraram Débora e seu marido Jorge discutindo métodos para enganar as autoridades. Em um dos diálogos registrados pelas câmeras, Jorge diz que os recursos sacados do Banco do Brasil deveriam ser colocados em um cofre enterrado no jardim da casa para evitar uma possível apreensão.

Mesmo negando envolvimento com o caso, Guerner passou a ser investigada pela PF após o desfecho do esquema de corrupção instalado no governo de José Roberto Arruda no Distrito Federal. A promotora é acusada de receber propina do esquema que terminou com a perda do mandato de Arruda como governador.

DivulgaçãoAlém do indiciamento da Promotora e de seu esposo, o MPF denunciou também Leonardo Bandarra, ex-Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal. Eles vão responder por formação de quadrilha, quebra de sigilo funcional e extorsão. Os promotores são acusados de exigir cerca de R$ 1,6 milhão de Durval Barbosa, delator do esquema que desencadeou na Operação Caixa de Pandora, que culminou com a prisão de José Roberto Arruda, que responde aos crimes em liberdade.

De acordo com o advogado responsável pela defesa da Promotora, Pedro Paulo Guerra de Medeiros, o caso corre em segredo de Justiça o que impossibilita qualquer divulgação oficial sobre o caso. O advogado acrescentou que vai requerer ao Tribunal Regional Federal que o sigilo do caso seja preservado, visto que o Ministério Público Federal (MPF) pediu sua quebra. Já o advogado do procurador Leonardo Bandarra, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente é inocente.