Na última terça-feira (28), durante a Conferência do Oceano 2022, foi lançada a Rede de Conservação Meros do Atlântico. O principal objetivo é promover a colaboração entre representantes do governo, pescadores e sociedade civil, para a conservação das espécies e dos habitats marinhos costeiros.
Em Alagoas, o coordenador do Instituto Meros do Brasil é o professor Cláudio Sampaio, do Laboratório de Ictiologia e Conservação e docente da Unidade Penedo do Campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O Instituto é uma iniciativa socioambiental que reúne pesquisadores e ativistas em defesa do meio ambiente.
Cláudio Sampaio destaca que a criação desta Rede pretende expandir e consolidar esforços internacionais de conservação em torno de uma espécie fundamental no ambiente marinho. Meros são uma das maiores espécies de peixe ósseo e chegam a viver 40 anos, mas estão ameaçados de extinção.
O lançamento foi transmitido de forma bilíngue no canal do Instituto Meros do Brasil no Youtube. “Essa rede será fundamental para compartilhar as experiências entre os diversos países que buscam a conservação não apenas do Mero, mas dos ambientes marinhos, incluindo o litoral africano, onde o Mero foi, praticamente, extinto”, ressaltou o pesquisador da Ufal.
O docente também enfatiza a importância da pesquisa realizada nas universidades brasileiras para essa iniciativa de conservação das espécies marinhas. “Devido ao grande número de pesquisadores e a presença do Mero em grande parte da costa brasileira, além da presença marcante do Projeto Meros, o Brasil assume uma liderança natural nessa rede”, destacou Sampaio.
O Projeto Meros do Brasil é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. “Destacamos o grande número de universidades federais que atuam na pesquisa, ensino e extensão presentes nesse processo de articulação da rede de conservação Meros do Atlântico, como a Ufal, que coordena ações de pesquisa e educação ambiental no litoral alagoano”, finalizou o professor da Ufal.