De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008 – Suplemento Saúde, os serviços de saúde do País receberam avaliação positiva de 86,4% da população. Dos 26,7 milhões de brasileiros que se consultaram na rede pública ou privada nas duas semanas anteriores ao levantamento, mais de 23 milhões consideraram “muito bom ou bom” o atendimento recebido e 95% foram atendidos na primeira tentativa. Quase 57% dos entrevistados usaram o Sistema Único de Saúde (SUS) nas duas semanas que antecederam a entrevista. O estudo mostra ainda a ampliação do acesso à rede pública de saúde.
Os dados revelam que cerca de 80 milhões de pessoas procuraram postos e centros de saúde naquele ano – o que corresponde a 56,8% da população que vai regularmente ao médico. Em 1998, a proporção era de 41,8%. Apesar de ter aumentado a utilização das unidades básicas de saúde, a procura por ambulatórios de hospitais caiu. Apenas 12,2% das pessoas recorrem regularmente aos serviços ambulatoriais. Em 1998, a proporção era de 21,5%.
“No passado, o hospital era visto como referência, o centro do atendimento público. Com a organização que estamos conseguindo imprimir gradualmente na rede, os postos e centros de saúde são considerados a porta de entrada do SUS”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Saúde da Família – O reforço na Estratégia Saúde da Família (ESF) contribuiu para o aumento
da procura pelas unidades básicas de saúde. Os agentes comunitários vão de casa em casa
orientar a população sobre as práticas de vida saudável e explicar a importância de recorrer
ao posto para prevenir doenças e evitar internações em hospital.
O estudo revela que 27,5 milhões de casas estão cadastradas na ESF. São 96,5 milhões de
pessoas – 50,9% da população. As famílias de menor renda são as principais beneficiadas: 54% das pessoas atendidas têm rendimento de até dois salários mínimos. As regiões Nordeste e Norte têm a maior cobertura: 67,7% e 53% dos habitantes, respectivamente.
Exames Preventivos – De acordo com a PNAD 2008, a proporção de mulheres de 50 a 69 anos
que se submetem a mamografia cresceu de forma expressiva em cinco anos, atingindo 71,5%.
Em 2003, 54,8% das brasileiras nessa faixa etária tinham feito o exame. O acesso e a cobertura
para detectar o câncer de colo de útero também cresceu no Brasil. Aproximadamente 49 milhões
de mulheres com 25 anos ou mais fizeram o papanicolau em 2008 – 84,5% da população feminina nessa idade. Em 2003, a proporção era de 79%.
Saúde Bucal – A proporção de brasileiros que nunca se consultou com um dentista caiu para
11,7%, em 2008. Em 1998, a taxa era de 18,7%. A pesquisa também aponta que a procura
por atendimento bucal cresceu de 31,1% da população, em 1998, para 40,4%, em 2008.
Redução do Tabagismo – Em 20 anos, o número de fumantes no País caiu praticamente pela metade. Em 2008, 17,2% dos brasileiros fumavam, contra 33% em 1989. Ainda segundo o estudo, 65,8% das pessoas nunca experimentaram cigarro e 13,3% deixaram o vício.