Dão vai enfrentar o Sport pela primeira vez depois da sua saída do time recifense
O fatídico lance não deixa de passsar pela cabeça de Dannyu Francisco dos Santos, conhecido no meio futebolístico como Dão. Numa Ilha do Retiro, lotada, fazendo jus ao Clássico das Multidões, com 28.554 torcedores e aos quarenta e cinco minutos do primeiro tempo, o penedense dá carrinho no atacante tricolor Paulinho. Para azar dele, o árbitro Cláudio Mercante deu pênalti, que foi convertido por Zada.
Esse foi o lance determinante para o título pernambucano de 2005 do Santa Cruz. Quase um adeus ao sonho do Sport de levantar a taça no ano do seu centenário. O lance não sai da cabeça de Dão, o autor do pênalti polêmico, e hoje, aos 28 anos, zagueiro da Chapecoense. Nesse sábado, ele enfrenta pela primeira vez o Sport e reencontra, pela primeira vez, a Ilha do Retiro.
“Já sei o que você vai perguntar. Do jogo do pênalti, não é?”, perguntou Dão, demonstrando bom humor, mas já ciente do assunto que nortearia a entrevista. O jogador treinou ontem, junto com os companheiros, no CT do Náutico. “Não foi pênalti. Ficou provado depois que a falta foi fora da área”, recordou o defensor, que acabaria expulso da partida e emprestado pelo Sport no dia seguinte à derrota. “Acabei emprestado para o Penedense-AL e em seguida fui para o Icasa. Em 2006 retornei para o Sport, estive no grupo que conseguiu o acesso à Série A, mas jogava uma partida ou outra. Senti que as pessoas do clube não tinham confiança em mim”, reconhece Dão que, no entanto, diz não guardar mágoas do ex-clube.
“Pelo contrário. Só tenho a agradecer. Foi o clube que me revelou. Aquele jogo não sai da minha cabeça, mas serviu como aprendizado. Aquela partida foi um divisor de águas na minha carreira”, afirmou o jogador alagoano. A avaliação não chega a ser exagerada. Após deixar o Sport, e passar por Penedense e Icasa, Dão rodaria por mais 11 clubes, inclusive na Eslováquia. No ano passado, após se destacar pela Luverdense na Série C, acabou contratado pela Chapecoense, em janeiro. Hoje é titular absoluto da zaga do vice-líder da Série B.
