Antes do feriado da Semana Santa o governo quer definir como ficará a Esplanada dos Ministérios, após a saída dos ministros que vão disputar as eleições de outubro. O prazo para desincompatibilização termina no próximo sábado, mas, devido ao feriado, o Planalto marcou para esta quarta-feira (31), uma cerimônia no Palácio do Itamaraty de despedida para quem está saindo e para apresentação dos substitutos nas pastas.
A legislação eleitoral prevê o prazo mínimo de seis meses anteriores ao dia do pleito para que ministros se deixem seus cargos para disputar as eleições. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que pretende reunir-se com os novos ministros logo depois a Páscoa. A ordem no governo, de acordo com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é não parar. “A preocupação é continuar tocando o governo, e o presidente Lula vai querer dedicação exclusiva dos ministros para isso”, disse.
Pelo menos 11 ministros de Lula devem disputar as eleições, a começar pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência. Além de Dilma, deixarão os cargos os ministros do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias (PT-MG); da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA); dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR-AM); das Comunicações, Hélio Costa (PMDB-MG), da Agricultura, Reinhold Stephanes (PMDB-PR); da Previdência Social, José Pimentel (PT-CE); do Meio Ambiente, Carlos Minc (PT-RJ); de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA); da Igualdade Racial, Edson Santos, e da Justiça, Tarso Genro (PT-RS), que deixou o cargo em fevereiro para se candidatar ao governo gaúcho.
Em Minas Gerais, Patrus e Hélio Costa pleiteiam o governo do estado. Também pretendem disputar o governo em seus estados os ministros Geddel e Alfredo Nascimento. Stephanes, Pimentel, Minc, Edson Santos e Lobão se lançarão na disputa por cargos no Legislativo.
Já o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB-GO) ainda não confirmou se sai do cargo para disputar as eleições. Meirelles reuniu-se hoje com Lula e pediu mais 24 horas par decidir se permanece à frente da instituição ou se deixará o cargo para disputar as eleições de outubro.