Num segundo tempo onde jogou com mais inteligência, o Santa não teve grande dificuldade para construir sua vitória sobre o Petrolina, nesta quarta-feira (9), no Paulo Coelho, por 3×0. O resultado deixou o tricolor provisoriamente na segunda posição, com 31 pontos.
O Jogo
Como jogava em casa, o Petrolina tentou uma pressão inicial e logo na primeira jogada já chegava na área tricolor. Porém, a defesa impediu a finalização e o lateral-esquerdo Marquinhos, na hora de sair para o jogo, sentiu a coxa esquerda. O tempo em que o jogador ficou no chão foi suficiente para esfriar qualquer ímpedo da Fera Sertaneja.
Quem entrou no lugar de Marquinhos foi o prata da casa Renatinho. E ele parecia predestinado. Em sua primera jogada, o baixinho puxou um contra-ataque, mas fez o passe muito longo para Weslley. Na segunda intervenção, ele não perdoou. Aos 14 minutos, Cléber Goiano sofreu falta no lado direito e Renatinho cobrou. Thiago Mathias tentou com a cabeça e Leandro Souza com os pés. Felizmente, nenhum dos dois conseguiu alcançar a bola, que morreu no canto direito.
O gol do Santa Cruz marcado cedo não mudou o panorama que já se desenhava anteriormente. Os dois times procuraram jogar em velocidade num piso que não oferecia muita condição para tal. Além de uma certa dificuldade na condução essa tentativa de aceleração aumentou, e muito, a quantidade de passes errados.
Assim, ninguém conseguiu chegar mais perto do gol – o Santa do segundo e Petrolina do empate. A rigor, os goleiros não tiveram tanto trabalho. Thiago Cardoso só precisou se esforçar um pouco mais numa cobrança de escanteio em dois tempos aos 46 minutos. Antes disso, as tentativas do Santa esbarravam na defesa do Petrolina ou os atacantes erravam as finalizações.
No segundo tempo, o Petrolina, como ainda estava no prejuízo, precisou manter o misto de velocidade e afobação. Já o Santa entrou em campo mais consciente de que precisava trabalhar a bola até encontrar o melhor espaço. E foi recompensado bem cedo por isso, graças aos constantes deslocamentos de Landú. Um jogador que pode não estar marcando gols mas dá muitas opções ofensivas.
Aos oito minutos, ele entrou em velocidade pela direita e cruzou na marca do pênalti. Gilberto acertou um belo voleio e fez 2×0. Foi tudo que o Santa precisava. O Petrolina tentou o ataque ainda mais desorganizado. O próprio Gilberto teve duas boas oportunidades. Aos 15, foi lançado por Renatinho, ganhou do marcador mas na hora de fazer o gol, mandou por cima. Apenas três minutos depois, a dupla da base voltou a infernizar. Renatinho cruzou e Gilberto apareceu rápido para cabecar por cima, com muito perigo.
Somente depois dos 25 minutos é que o Petrolina conseguiu se organizar melhor ofensivamente. Mas, embora tenha chegado mais perto da área não chegou a assustar a vitória que se desenhava para o time da Capital. Vitória essa que ficou mais clara aos 34 minutos. Marcos Vinícius cruzou da direita e Gilberto mergulhou de cabeça para fazer o terceiro.
Daí em diante, nem o Petrolina via mais forças para qualquer reação e o Santa estava satisfeito com o placar. Mudanças só se um time relaxasse demais ou o outro abrisse muito espaço para tentar um gol que não mudaria a situação. Marcos Vinícius e Fernando ainda foram expulsos após trocarem agressões nos acréscimos.
Ficha do jogo:
Petrolina: Romero; Thiaguinho, Demir, Lau e Abuda (Joãozinho); Juninho, Larlei (Marcinho), Nau (Jackson) e Robertinho; Luís Paulo e Fernando. Técnico: Cícero Monteiro.
Santa Cruz: Tiago Cardoso; Jackson, Thiago Matias, Leandro Souza e Marquinhos (Renatinho); Memo, Cléber Goiano, Weslley e Nattan (Marcos Vinícius); Landú (Rodrigo Gral) e Gilberto. Técnico: Zé Teodoro.
Local: Estádio Paulo Coelho, em Petrolina.
Árbitro: Sebastião Rufino Filho. Assistentes: Albert Júnior e Aldir Pereira.
Gols: Renatinho, aos 14 do primeiro tempo. Gilberto, aos oito e 34 do segundo.
Cartões amarelos: Juninho, Larlei, Cléber Goiano, Landú e Leandro Souza.
Expulsões: Marcos Vinícius e Fernando.