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Policial

PC revela detalhes da “Operação Maçunim”

Delegado Paulo Cerqueira

A Polícia Civil de Alagoas revelou, em entrevista coletiva, detalhes da “Operação Maçunim”, desencadeada no início da manhã desta quinta-feira (07) e que resultou no desmantelamento de uma quadrilha acusada de tráfico de drogas e assassinatos. A coletiva aconteceu na sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic).

O delegado Paulo Cerqueira, que comandou o trabalho, revelou que a operação foi resultado de uma investigação iniciada há seis meses e mobilizou cerca de 40 policiais civis da Deic e do Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais (Tigre). Foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão expedidos pelos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital.

Nove pessoas foram presas, entre elas Laudemir da Silva – o “Didi” -, chefe do tráfico na cidade de Barra de São Miguel, que foi detido no bairro Benedito Bentes, em Maceió, onde também comercializava drogas. A mulher dele, Ana Clara Marques, 25 anos, também foi detida.

Estão presos ainda: José Ednaldo da Silva, o “Edinho”, 25 anos; o taxista José Mário Palmeira, 48; Márcio Fernando Antônio da Silva, 27; José Fabiano dos Santos, 28; Laudilene Silva, 35, a “Nem”, Ladjane Anjo da Silva, 29, “Dija”, e Fabiana Luna da Silva, 25. Todos foram localizados durante a operação que cercou maa favela (veja croqui abaixo) e atingiu outras localidades da cidade da Barra de São Miguel. Anteriormente, já havia sido preso outro integrante da quadrilha: Wilson Marques da Silva – o “Galeguinho”.

PC/AL

Os policiais apreenderam também duas pistolas (uma delas de brinquedo), munição, um par de algemas, crack, maconha, um notebook, e cerca de R$ 4,8 mil – supostamente resultantes do tráfico.

O grupo criminoso é acusado de, pelo menos quatro assassinatos acontecidos nos últimos dois anos. Entre as pessoas assassinadas estão Edílson Trindade, José Edvaldo e Givanildo José dos Santos, mortos na Barra, além de Luciano José Barbosa, executado no distrito da Chã do Pilar.

De acordo com as investigações policiais, anos atrás a quadrilha já havia assassinado o pai de Luciano José que prometera vingança. Para evitar esta represália, os integrantes do grupo resolveram matá-lo.

O delegado informou que a quadrilha vinha aliciando crianças para realizar a entrega da droga, inclusive fornecendo armas a estes menores.

Todos os envolvidos com a quadrilha estão sendo indiciados em inquérito e serão levados para o sistema prisional. Eles tiveram prisão temporária decretada por 30 dias.