A superlotação das carceragens das delegacias distritais da região do Agreste está preocupando a direção da Polícia Civil de Alagoas, principalmente com a aproximação do Carnaval.
A população carcerária das cinco distritais, integrantes da 4º Delegacia Regional de Arapiraca, já chega a 52 presos, quando o número ideal seria em torno de 30.
O delegado regional Edno Aldo Ribeiro de Santana expôs as dificuldades em ofício enviado ao diretor de Polícia Judiciária da Área-2 (DPJA-2), Maurício Henrique, acrescentando que o problema poderá ser agravado no período carnavalesco quando aumenta o número de prisões. “Falta local para a colocação de novos presos”, afirma.
Atualmente, os presos estão distribuídos nas carceragens das delegacias de Girau do Ponciano (12), Anadia (10), Campo Grande (13), Craíbas (03) e Traipu (14).
diretor do DPJA-2, Maurício Henrique, explica que essas dificuldades foram ocasionadas pela desativação temporária da Delegacia Regional de Arapiraca que passa por reformas e deve ficar pronta até 16 de março. “Com isso, estarão sendo criadas mais de 100 vagas para o recolhimento de presos, mas neste momento precisamos de alguma solução imediata que depende especialmente da Justiça”, afirma.
O delegado cita que do total de presos existente nas cinco distritais, onze respondem por crimes de menor potencial (Lei Maria da Penha e porte ilegal de arma). Ele cobra maior agilidade do Poder Judiciário na solução dos processos desses casos, o que aliviaria a superlotação das carceragens.
A abertura de vagas nos presídios para o envio desses presos seria outra solução de curto prazo, que igualmente depende de ordem judicial.
Para Maurício Henrique, a solução para o problema precisa ser encontrada com rapidez, uma vez que o período carnavalesco começa na próxima semana e as delegacias não terão como abrigar novos presos.