Policiais da Operação Asfixia da Polícia Civil prenderam três acusados de seqüestrar e executar a tiros um informante da Polícia Federal e da 17ª Vara (Crime Organizado). O crime ocorreu na noite desta terça-feira na estrada do Polo, em Marechal Deodoro.
A vítima, um ex-presidiário identificado como Dênis, foi morto num ritual macabro. O corpo foi abandonado em forma de cruz.
Segundo o policial Carlos Eduardo, o seqüestro do ex-detento ocorreu no bairro de Jaraguá e logo chegou ao conhecimento dos policiais civis que estavam realizando rondas em Maceió. O veículo usado pelos seqüestradores era uma Parati.
“Nós localizamos o veículo em Bebedouro, mas eles estavam limpos. No entanto, o carro estava com os documentos atrasados”, revelou o policial. Por causa das suspeitas, os policiais da Operação Asfixia interrogaram os três homens que estava no veículo até a chegada dos policiais federais e do juiz Maurício Breda, da 17ª Vara. Eles acabaram presos.
O grupo foi identificado como Claudemir do Samu, Maurício do Tigre e Valderson. Um quarto elemento, conhecido como “Banha” também foi detido. Dois supostos envolvidos no seqüestro e assassinato permanecem foragidos.
Dênis teria sido assassinado por vingança, porque estava colaborando com as investigações da PF que pretendia desarticular uma quadrilha comprometida com roubo a banco, em Alagoas. Os quatro presos são os principais suspeitos. “Banha” seria o homem que conseguia as armas para os assaltos.
Os policiais foram informados que em poder da quadrilha existem sete camisas da Polícia Civil, além de três coletes da instituição e quatro armas curtas. O bando vinha sendo monitorado pela PF, que informou que os bandidos pretendiam praticar um assalto, nesta quarta-feira, que renderia pouco mais de R$ 1 milhão. O alvo seria uma agência da caixa ou um carro-forte.
O policial Carlos Eduardo declarou que o ritual macabro teria sido praticado por um homem conhecido como Júnior, para que a alma da vítima fosse entregue ao diabo.