Quatro pessoas foram presas acusadas de participação em um crime que chocou a cidade de Murici esta semana: a morte de José Roberto da Silva, 28 anos, conhecido por “Tininho”, que foi degolado e teve a cabeça pregada a uma estaca de madeira.
O corpo foi encontrado na Rua do Cajueiro, região central daquela cidade, na quinta-feira (26), depois que a vítima foi morta por arma branca e ser decapitada.
“Já tínhamos levado todos eles no mesmo dia para a delegacia, onde foram ouvidos e liberados por falta de provas, mas não ficando isentos de suspeita. O E.S.S estava com ferimento nas mãos, como se fossem de faca, e desconfiamos. Porém, como não havia ainda testemunha , colhemos os depoimentos e o delegado os liberou, mas dando continuidade às investigações. Esse foi um crime com requintes de frieza e crueldade, mas Graças a Deus com o empenho da equipe, a monstruosidade foi esclarecida. Estarrece ver menores já perdendo a vida com a marginalidade”, afirma o chefe de serviço Osvaldo Bitencourt.
De acordo com o policial civil Benenaldo Lessa, os acusados confessaram participação no crime. O menor F.S., de 13 anos, o primeiro a ser apreendido no dia do assassinato havia negado envolvimento, mas foi juntamente com um homem identificado como Edvan – o “Vanzinho”, além de Luiz Paulo Santos e Josuel Luiz Santos denunciado pelo menor E.S.S., de 15 anos.
Segundo o policial civil, “uma testemunha nos procurou e disse ter visto o E.S.S., no local e depois com uma faca. Apuramos que todos os presos foram vistos com a vítima no dia do homicídio”.
As investigações indicaram também que José Roberto tinha ido se juntar ao grupo para beber e foi rejeitado. Revoltado, teria batido no rosto do menor e, em seguida, saído correndo.
O menor E.S.S. para interceptá-lo arremessou um paralelepípedo nas costas e, quando este caiu, Josuel – que já assumiu ser traficante na Vila Betel, em Rio Largo – puxou uma faca e deu o primeiro golpe, sendo auxiliado por E.S.S., Vanzinho e João Paulo. O outro menor, F.S., de 13 anos, teria apanhado uma pedra e batido na cabeça da vítima.
Com as prisões, segundo Berenaldo Lessa, o crime está esclarecido.