A Polícia Civil (PC) de Alagoas, o Ministério Público Estadual (MPE) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgaram nesta quarta-feira (18), durante entrevista coletiva, na sede da PC, o balanço da denominada Operação Ciclone, desencadeada na terça-feira, na região de Campo Alegre (Alagoas) e no interior de Pernambuco. A entrevista teve as presenças do delegado-geral adjunto José Edson de Freitas Júnior; do delegado de Campo Alegre, Mário Jorge Barros; do promotor de Justiça, Andresson Chaves, e dos inspetores da PRF, Giovanni di Mambro, e Barreto, vindos de Brasília.
O delegado José Edson destacou a integração das polícias, do MPE e do Judiciário, através da juízas Lorena Carla, para o sucesso da operação, e revelou que o trabalho de investigação continua e mais prisões poderão ser feitas naquela região.
De acordo com o delegado Mário Jorge Barros, o trabalho mobilizou mais de 100 policiais civis e da PRF, sendo cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão. Dezessete pessoas foram presas por envolvimento em roubo de carros, de cargas, latrocínio e tráfico de drogas, sendo também apreendidos uma metralhadora, cinco espingardas, quatro revólveres, noventa munições (inclusive algumas usadas em fuzis M-16 e AR-15), dinheiro, maconha e crack.
A polícia descobriu que parte do grupo usava uniforme da polícia para realizar falsas blitze, principalmente nas proximidades da Usina Porto Rico. O uniforme foi apreendido.
Entre os presos, está o vereador José Benderlake dos Santos, conhecido por “Laquinho”, com quem a polícia encontrou espingarda, munição e um revólver com numeração raspada. O pai dele, Petrúcio Roberto dos Santos, também foi detido pela posse de armas.
Um dos presos, Renildo Xavier da Silva, o “Toré”, usava nome falso de José Carlos. Era ele quem comandava as blitze falsas e quando foi preso estava com duas espingardas, calibre 12, uma metralhadora e munições. “Toré” é acusado em homicídios, inclusive a de uma professora, no ano de 2006, no município de Teotônio Vilela.
Parte do grupo pertencia a uma quadrilha de traficantes comandada por Jailson dos Santos, o “Macaxeira”, morto no último sábado. Foram presos: José Márcio da Conceição, Maciel Vicente da Silva, José Sandro dos Santos e Carlos Vinícius Lima dos Santos.
Também foram presos o comerciante José James da Silva Santos (dono de uma pizzaria, usada com “boca-de-fumo”), Emerson Leão da Silva, Severino Júnior Lira de Lima, José Pereira da Silva, Marcelo Alexandre dos Santos, Epifânio Domingos da Silva, José Valdomiro Viana da Silva, o “Benon”, José Quitério da Silva, José Salustiano dos Santos, além de um homem identificado como Genival – o “Vavá”, este último detido no município pernambucano de Bezerros.
