Imagens obtidas pela PC mostram envolvidos em agência onde houve o depósito dos cheques roubados por delegado
A Polícia Civil de Alagoas informou nesta terça-feira, 24, que está esclarecido o desaparecimento de cheques apreendidos durante a Operação Espectro, investigação sobre supostas irregularidades na compra de alimentos pela Secretaria de Defesa Social para as refeições de detentos mantidos em unidades do sistema prisional alagoano.
De acordo com as investigações conduzidas pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC), os cheques que estavam em poder da Delegacia de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública foram retirados pelo delegado Haroldo Lucca Gonçales e utilizados em uma transação comercial.
A representação pela prisão dos envolvidos foi assinada pelos diretores da Polícia Civil, ordem que levou para a cadeia, além do delegado, o corretor de imóveis Marcos Gomes Pontes, o comerciante Márcio de Magalhães e o autônomo Cássio Felipe Moura, segundo a assessoria da PC alagoana.
Além de ouvir vários depoimentos, a Polícia Civil teve acesso às imagens gravadas por câmeras do edifício onde reside o delegado Haroldo Lucca e também filmagens da agencia bancária onde os cheques foram depositados, registros importantes para a conclusão do inquérito.
De acordo com as imagens analisadas pela PC, o corretor Marcos Gomes esteve no apartamento do delegado Lucca no dia 10 de abril, onde teria recebido os cheques apreendidos na Operação Espectro. No dia seguinte, o corretor e o autônomo Cássio Felipe vão até uma agência do Bradesco e efetuam o depósito dos cheques na conta do comerciante Márcio de Magalhães, transação no valor de R$ 121 mil.
Os mandados de prisão dos acusados foram expedidos pela 17ª vara criminal da capital, sendo o delegado conduzido à Casa de Custódia da PC, situada no bairro do Farol, e os demais envolvidos para “Cadeião” do Jacintinho.
