Uma investigação do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), com auxílio da Divisão da Inteligência Policial (Dipol) e policiais civis da Delegacia de Porto Real do Colégio (AL), resultou na desarticulação de uma quadrilha apontada como responsável por roubos a caçambas e a caixas eletrônicos de agências bancárias em Sergipe e na Bahia.
Foram presos o goiano Gilson Lopes da Silva, 43, o matogrossense Suail Nascimento de Souza, 44, o baiano Jonas Batista Pereira, 36, e o sul-mato-grossense Rodrigo Donavan de Andrade, 27, além do baiano Valmik de Queiroz Duarte Júnior, 32, que está detido na cidade de Feira de Santana (BA). Eles são apontados como responsáveis pelos roubos de nove caçambas em Sergipe e Alagoas e aos caixas eletrônicos das cidades sergipanas de Salgado e Propriá e no município baiano de Feira de Santana.
As investigações que resultaram na desarticulação da quadrilha foram iniciadas em novembro e dezembro do ano passado, quando registraram-se dois roubos a caçambas: uma em Japoatã e outra em Japaratuba. Durante a apuração desses assaltos ocorreu um roubo a um caixa eletrônico à agência do Banco do Brasil em Salgado, onde foram levados cerca de R$ 50 mil. “Com o cruzamento das informações constatou-se que se tratava da mesma quadrilha que atuava em dois ramos”, explicou o delegado André Baronto, do Cope.
Segundo a polícia, Gilson – que utilizava o nome falso de Felipe – acusado pela prática de roubo de caminhões e Sauil – que se identificava como Flávio Guimarães Júnior – especialista em roubo a bancos se juntaram na cidade de Estância, onde o primeiro morava, para a realização de crimes em Sergipe.
Carros utilizados pela quadrilha – Foto: Reinaldo Gasparoni/SSPO delegado Cristiano Barreto, do Cope, informou que Gilson tinha conhecimento da movimentação de caçambas em Sergipe e utilizava o “braço armado” de Suail para realizar a prática de roubos e que ficava responsável pela “contratação” de pessoas no intuito de roubar os caixas eletrônicos. “Suail responde por roubo a banco, extorsão mediante seqüestro e homicídio, além de está utilizando documentos falsos no momento da prisão,” ressaltou.
De acordo com Cristiano Barreto, os veículos roubados eram vendidos em Feira de Santana ao preço de R$ 15 mil por veículo, que eram entregues a Valmik. “Como Gilson tinha amigos na cidade baiana, as caçambas eram encaminhadas pra lá, onde eram feitas as adulterações”, disse o delegado.