Entrevista do Secretário Paulo Rubim
O secretário de Defesa Social de Alagoas, Paulo Rubim, afirmou na tarde desta sexta-feira (18), na sede da Polícia Civil, em Jacarecica, que dez homicídios, podendo chegar a 20 assassinatos, podem ser esclarecidos nos próximos dias, em virtude da prisão de uma quadrilha de pistoleiros que vinha atuando em Alagoas, principalmente no Agreste e Zona da Mata do Estado.
Segundo o secretário, 14 pessoas foram presas e outras quatro estão sendo procuradas pelas polícias Civil e Militar. Ele admitiu a existência de militares no bando, que teria participação em assaltos – ou seja, roubo de cargas. “Já há como provar que o Nem é o chefe da quadrilha”, esclareceu ele.
Edinaldo Cícero da Silva, o “Nem”, ficou conhecido pela Polícia, em virtude de roubo de cargas, de porte ilegal de arma e ultimamente por ter sido flagrado usando documentos falsos.
“Nem” seria o mentor das tramas para maioria dos assassinatos que estão sendo investigados. Inclusive, segundo o secretário (adjunto) da SDS, Washington Luiz, os homicídios foram praticados para vingar a chacina sofrida por sua família, quando seu pai, um irmão e um sobrinho acabaram executados em Arapiraca.
O delegado-geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, declarou também durante a coletiva, que a operação da PC resultou em quatro tipos de flagrantes: dois por porte ilegal, um por documento falso e um quarto por formação de quadrilha.
Ana Paula Santos Nascimento Melo, presa no Conjunto Cleto Marques, no Tabuleiro do Martins, foi flagrada com uma pistola de uso permitido. Jailton de Almeida Cabral, capturado no Centro de Maceió, estava com documentos falsos. Ele também tinha um mandado de prisão decretado pela Justiça.
Barenco acrescentou que Adelmo de Almeida Cabral, preso em Rio Largo, foi autuado por porte ilegal de arma.
Por formação de quadrilha ou bando armado, foi autuado o líder da quadrilha Edinaldo Cícero de Almeida, o “Nem”, além de Tiago Gomes dos Santos, Laércio Pedro dos Santos, Manoel Cleiton dos Anjos Matos, o “Neném”, Josivânia Pereira da Silva, a “Ninha”, Edivaldo Paulino dos Santos, o “Val”, e Williams Alves Omena, o “China”, que também deu nome falso. Ele se apresentou como Francivaldo.
O cabo do Corpo de Bombeiros Militar, Marcelo Santos do Nascimento, que estava com prisão decretada, apresentou-se espontaneamente com policiais da PM. Ainda há dois policiais militares foragidos – um cabo e um soldado.
Em Arapiraca, foram presos Mayara Karla Serafim da Silva e José Nerisvaldo de Brito, o “Ninho”.
Com o grupo, a Polícia apreendeu três pistolas – .40, 380 e 9 milímetros -, vários celulares, dois veículos, uma motocicleta, dois notebooks, uma impressora e documentos falsos.