O prefeito Lula Cabeleira comprou, no final de 2008, em desacordo com sua declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral. O PPS de Delmiro Gouveia, junto com o PT e o PCB local, pediram, nesta quinta-feira (28), ao superintendente da Polícia Federal em Alagoas, José Pinto de Luna, investigação de crime eleitoral contra o prefeito de Delmiro Gouveia, Lula Cabeleira, relativo ao registro de sua candidatura às eleições municipais de 2008.
De acordo com o requerimento entregue à PF, em que pedem que seja ouvida também a Receita Federal, para que o prefeito seja punido com a perda do mandato, Lula Cabeleira comprou, no final de 2008, seis veículos Pajero Full, por R$ 1 milhão, à revenda Nagoya, em desacordo com sua declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, que registra o total de R$ 850 mil, relativos a dois imóveis urbanos, em Maceió, e um veículo recreativo.
Luiz Carlos Alves Batista, presidente do PPS de Delmiro Gouveia; Paulo Soares de Oliveira, presidente do PT local, e Tony Cloves Pereira, presidente do PCB, no município, acompanhados pela presidente do Sinteal – Núcleo Regional de Delmiro Gouveia, Gilvânia Machado, apresentaram, no requerimento à Polícia Federal, uma reportagem publicada pelo jornal Extra (1 a 7 de maio de 2009) e também pelo site www.extralagoas.com.br, informando que o prefeito Lula Cabeleira havia contratado com a empresa Nagoya, do empresário-usineiro Bob Lyra, a compra de seis veículos Pajeros Full, pagando com alguns veículos usados e três cheques, quitados no início de 2009.
Os dirigentes partidários de Delmiro Gouveia questionam de que forma o prefeito Lula Cabeleira pagou, como entrada, veículos que ele não possuía, de acordo com sua declaração de bens, e como teve respaldo financeiro para quitar o restante da compra com três cheques, conforme publicou a reportagem do jornal Extra. “Oficialmente, não possui o Sr. Lula Cabeleira fontes de receitas, visto que os seus bens são representados por ativos imobilizados. Nada de imóveis rurais, de aluguéis de bens imóveis, semoventes, aplicações financeiras, poupança, depósitos à vista, dinheiro em mãos etc”, declaram os denunciantes, em seu requerimento à Polícia Federal. A conclusão dos denunciantes é que: o candidato Lula Cabeleira “mentiu/omitiu à Justiça ou, claramente, se utiliza de fontes de rendas escusas e/ou oriundas de negócios ilícitos”.
O superintendente Pinto de Luna recebeu os pedidos, elogiou a conduta dos líderes partidários em relação ao caso e designou, de imediato, um delegado especial para investigar as denúncias contra o prefeito Lula Cabeleira.