O modelo de pesquisa e aplicação na pequena propriedade rural realizada em Santana do Ipanema pela Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) servirá como base para a construção do modelo de governança e plano de ação do Parque Tecnológico Social de Alagoas (PqTS). Para conhecer mais detalhes como funciona as pesquisas e integração com o produtor rural, o secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Setton, recebeu nessa terça-feira (27) o professor da Uneal Fábio Cunha e o economista Hérmani Magalhães.
O professor Fábio Cunha citou de forma resumida as atividades em pesquisa e extensão realizadas no campus II da Uneal, com a participação de professores e alunos dos cursos de Zootecnia, Biologia e Pedagogia. Dentre alguns, o professor destacou a conclusão da construção da unidade didático científica de avicultura – uma espécie de laboratório e criatório de aves – no valor de R$ 18 milhões com recursos da Fundação de Apoio à Pesquisa de Alagoas (Fapeal).
Complementando as pesquisas em avicultura, Fábio Cunha lembrou o estudo feito com a raiz de mandioca na alimentação de codornas, no valor de R$ 3 mil, sendo a fonte a própria Uneal e o uso da mandioca e seus co-produtos na alimentação de codornas com recursos de R$ 8.600,00 da Fapeal. O grupo de pesquisa e extensão da Uneal também estuda utilizar a silagem da parte aérea da mandioca na alimentação de vacas leiteiras, recebendo apoio do Sebrae Alagoas com o investimento de R$ 64 mil.
A utilização da ciência e tecnologia vem mostrando os resultados positivos alcançado na prática. O professor Cunha destacou que com o desenvolvimento do Programa de Avicultura Familiar, criando um ambiente de fomento a implantação de novas tecnologias, proporcionou alcançar a produção atual de 1.300 dúzias de ovos ao mês. Esse programa recebe apoio do Governo de Alagoas, da Prefeitura de Santana do Ipanema, Sebrae Alagoas e Federação das Indústrias de Alagoas.
Para o secretário Eduardo Setton as atividades desenvolvidas pela Uneal e outras instituições em Santana do Ipanema estão alinhadas ao modelo de políticas públicas na área de ciência e tecnologia que o Governo do Estado está implantando. Setton defende que o papel da Secretaria é implantar uma cultura onde se utiliza e foca a ciência para atender as demandas e necessidades locais.
“A intenção é utilizar todo o potencial de universidades e Institutos Federais espalhados pelo Estado de Alagoas, trabalhando modelo em rede, em pesquisas que atendam e encontrem soluções para a realidade local”, enfatizou o secretário.
Além de implantar pesquisa e extensão, o grupo entendeu a necessidade de desenvolver a cultura empreendedora nos pequenos produtores rurais. Iniciou no ano de 2010, prosseguindo em 2011, diversas ações e projetos na área de gerenciamento da pequena propriedade rural. Para isso o economista Hérmani Magalhães estudou entre os produtores e identificou que o segmento necessita de noções de gerenciamento. Dentre de diversas ações, Magalhães promoveu a disseminação do tema realizando a 1º Feira do Empreendedor.
Mais uma vez o secretário Eduardo Setton confirmou que o formato de funcionamento dos projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos em Santana do Ipanema está alinhado ao projeto do Parque Tecnológico Social de Alagoas (PqTS) que será a instituição responsável para unir a necessidade do setor produtivo em geral com a universidade que realiza as pesquisa e elabora produtos, solucionando a demanda do empresariado e criando um ambiente de inovação. O PqTS fará essa integração, atendendo as demandas do estado de Alagoas, ou seja, focar nas questões sociais”, concluiu o secretário.