Uma parceria entre a Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Municipal de Abastecimento (Semab) e o governo do Estado vai combater o comércio atacado clandestino na antiga Ceasa, na Levada. Apesar de o prédio ter sido desativado, alguns comerciantes estão usando o local para a venda de hortigranjeiros para não pagar os tributos nem passar pela inspeção da Vigilância Sanitária.
A questão foi discutida na quinta-feira, durante reunião entre representantes da Semab e do governo do Estado, realizada no Instituto de Desenvolvimento e Extensão Rural de Alagoas (Ideral). A ação conjunta terá o objetivo de forçar esses comerciantes a utilizar as novas dependências da Ceasa. Segundo o secretário-adjunto da Semab, Chico Lopes, inicialmente o trabalho terá caráter educativo e depois uma ação preventiva.
O comércio clandestino traz prejuízos para o Estado, que deixa de arrecadar tributos, e também para a população, pois os produtos não passam por inspeção sanitária para verificar as condições de higiene e conservação. Além disso, uma lei de 2000 impede o funcionamento do comércio atacado fora das centrais de abastecimento, mas os atravessadores, provenientes de outros municípios e até de estados vizinhos, chegam durante a noite e vão direto para a área do mercado público.
Chico Lopes informou que o antigo prédio da Ceasa será transformado no Shopping Popular, para abrigar os comerciantes que atuam na Feira do Passarinho. Entretanto, ainda não há uma data definida para que seja feita a transferência. Na próxima quarta-feira haverá uma nova reunião, na qual será assinado um Termo de Conduta definindo as atribuições de cada órgão envolvido na ação.