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Negócios/Economia

Parceria com pretende aprimorar a utilização da palma forrageira

A Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) vai firmar parceria com a Universidade Autônoma Chapingo, do México, e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), para troca de conhecimentos na área de palma forrageira.

Para discutir as primeiras ações da parceria, o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, e o superintendente de Irrigação da pasta, Sílvio Azevedo, receberam, na sede da Seagri, nesta sexta-feira (13), os professores Teodorico Araújo, do Centro de Ciências Agrárias da Ufal, e Arnoldo Flores, da Universidade Autônoma Chapingo.

Enquanto no Nordeste brasileiro a planta é utilizada na alimentação do gado e serve como base para produção de leite, no México a palma faz parte da alimentação humana. A parceria poderá contemplar a capacitação de profissionais e pesquisadores da área e a aquisição de novas variedades de palma para o Estado, com o objetivo de melhorar a genética e a produção da forrageira.

José Marinho Júnior citou o trabalho da Seagri em Xingó, município de Piranhas, onde está sendo instalado um Centro de Desenvolvimento e Difusão de Tecnologias Rurais para o Sertão Alagoano, com enfoque na convivência com o Semiárido. “Um dos itens que estamos trabalhando no Centro é a produção de forrageiras para alimentação animal durante a seca. Sabemos que essa parceria com México será de grande importância para o avanço e a complementação dos nossos trabalhos”, frisou o secretário.

Em Alagoas, segundo o secretário, existem cerca de 200 mil hectares cultivados com palma forrageira para alimentação do gado de leite. “Mas boa parte desse material foi utilizado durante a seca dos últimos dois anos, inclusive os produtores daqui abasteceram os produtores de Pernambuco”, salientou.

Culinária

No México, existem cerca de 250 mil hectares plantados com palma. Em todo o Nordeste do Brasil existem cerca de 600 mil hectares. No entanto, o México possui a maior quantidade de palma nativa do mundo, ou seja, existe na natureza – mas não foi plantada pelo homem.

Lá, o hábito de se incluir a palma na alimentação humana vem de 6.500 a.C. e ela é considerada como uma hortaliça do deserto. Segundo o engenheiro agrônomo e pesquisador Paulo Suassuna, a palma forrageira possui mais vitamina A que o tomate, duas vezes mais cálcio que a couve e duas vezes mais ferro que a vagem.

“No preparo de pratos, a palma aceita combinações com laranja, abacaxi, limão ou menta”, afirmou Suassuna durante a visita que fez a Alagoas para falar sobre a forrageira. Segundo ele, a palma serve de base para a produção de compotas, doces, marmeladas e sorvetes. “Outro segmento de mercado que pode aproveitar a palma é o de cosméticos, para a produção de xampu, condicionador, cremes, gel e loções”, assinalou o pesquisador.