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Alagoas

Papiloscopistas alagoanos participam de curso avançado para identificação de cadáveres

Papiloscopistas alagoanos Rogério Castro e Marcelo Casado no Curso de Necropapiloscopia no IML de Brasília

A Perícia Oficial do Estado enviou à cidade de Luziânia, em Goiás, dois papiloscopistas alagoanos para participar de um curso de Necropapiloscopia. Marcelo Casado e Rogério Castro integraram uma turma especial, formada por profissionais de todo o País, que foram treinados para realizar a identificação de cadáveres através das impressões digitais.

A capacitação de uma semana, composta por aulas teóricas e práticas, foi oferecida através de convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e teve como objetivo principal habilitar os profissionais com técnicas periciais rotineiras e especiais para realizar o exame necropapiloscópico na identificação de cadáveres carbonizados, macerados, saponificados, mumificados, em adiantado estado de putrefação e em casos de desastres de massa.

“Em Alagoas já realizamos esse tipo de exame. Vários corpos encontrados sem identificação foram reconhecidos após o emprego da necropapiloscopia, por isso a importância do aprimoramento das técnicas utilizadas na identificação humana”, explicou o papiloscopista Marcelo Casado. “Com o curso estamos visando uma definição segura na individualização daquele membro da sociedade vítima fatal de um delito criminoso”.

Os profissionais alagoanos ainda explicaram que a necropapiloscopia é um método eficaz, rápido e barato de identificação, pois usa na maioria das vezes apenas tinta de imprensa e um pedaço de papel. Depois de colhido o material, o papiloscopista entra com o seu conhecimento e habilidade técnica em impressões digitais para realizar o laudo,

Outras vantagens do emprego da técnica é o auxilio na investigação de crimes como homicídios e latrocínios e a diminuição de gastos excessivos com outros tipos de exame como o DNA. Por isso, com a realização do curso, tanto a Perícia Oficial como a Senasp esperam aumentar a qualidade dos laudos periciais, mas, principalmente, permitir a redução do número de sepultamentos de cadáveres que tiveram sua identificação negligenciada.