A crise econômica internacional gerou impactos negativos em todos os países, sem exceção. Essa é a conclusão do estudo, divulgado hoje (18), pelo Banco Mundial. Para os países ricos, a previsão é de queda no crescimento econômico – a exemplo do que deve ocorrer com a América Latina e o Caribe. A projeção para 2012 é que a queda varie de 1,4% a -0,3% – o menor percentual se refere aos países da zona do euro que enfrentam os efeitos da crise de forma mais intensa.
Porém, o estudo mostra como aspecto positivo um crescimento no comércio mundial. O setor cresceu cerca de 6,6% em 2011 deve aumentar 4,7% em 2012. A recuperação, segundo o relatório, ocorrerá em 2013 quando o comércio mundial deve registrar crescimento de 6,8%.
Os efeitos da Primavera Árabe atingiram de maneira intensa a economia no Oriente Médio e Norte da África, segundo o Banco Mundial. A economia nesses países caiu aproximadamente 1,7% em 2011 e a previsão é que o crescimento permaneça em baixa ao longo deste ano, no patamar de 2,3%, subindo para 3,2%, em 2013.
O Leste da Ásia e do Pacífico tiveram suas economias afetadas pelas inúmeras inundações na Tailândia e também pelos impactos da crise econômica internacional. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) regional caiu para 8,2% em 2011 e deverá chegar a 7,8% em 2012 e 2013. O crescimento da China foi estimado em 9,1% em 2011 e 8,4% até dezembro.
No entanto, na Europa e Ásia Central a economia cresceu em torno de 5,3% no ano passado. Mas nem por isso a região sofreu menos com as pressões inflacionárias e a redução nos fluxos de capital. A previsão é que a economia na região também sofra uma desaceleração ao longo de 2012 chegando a 3,3%, embora com previsão de recuperação em 2013, quando pode atingir 4,3%.
Ao contrário da tendência mundial, a África Subsaariana registrou crescimento econômico intenso em 2011 com um percentual de 4,9%. Com exceção da África do Sul, a taxa do restante da região atingiu 5,9% no ano passado. A estimativa é de que haverá crescimento de 5,3% em 2012 e 5,6% em 2013.