“O exercício do Jornalismo requer caráter e ética. Mentiroso produzindo notícia é tão perigoso quanto o traficante vendendo drogas: envenena.” Palavras do respeitado e celebre Padre Fabio de Melo, proferidas durante um show que foi realizado na histórica cidade de Penedo.
Concordo com as afirmativas do Padre, que expressou o seu ponto de vista diante de uma situação criada por ele mesmo, ao não respeitar a imprensa que estava cobrindo os festejos do Bom Jesus dos Navegantes e que queria apenas fazer algumas perguntas ao padre que é a “sensação” do momento.
Mas concordo também com o Catecismo da Igreja Católica que prega “A Igreja o expressa dizendo que o sacerdote, em virtude do sacramento da Ordem, age “in persona Christi Capitis” (na pessoa de Cristo Cabeça)” CIC 1548 e com o Documento de Aparecida que vai mais além “O sacerdote não pode cair na tentação de se considerar somente mero delegado ou apenas representante da comunidade, mas sim um dom para ela, pela unção do Espírito e por sua especial união com Cristo” DA 193.
É lamentável tamanha atitude do sacerdote, que no momento em que estava na dita cidade foi apresentado como padre e por tal sagração deveria ser humilde e fiel ao seu juramento, pois escolheu passar a vida inteira propagando os ensinamentos da igreja católica.
Mas não é bem esta a realidade do Padre Fabio. Ele aparece bonzinho, cantando as suas músicas de louvores e infelizmente não respeita as hierarquias da própria igreja – como vai respeitar os jornalistas, que estão apenas trabalhando. Pois quantas vezes alguns bispos tentaram entrar em contato com ele (o padre) e a sua assessoria o barrou, pois se nem os bispos conseguem falar com ele, imagina algum repórter.
E este episódio repercutiu na mídia alagoana e fez o padre se pronunciar ofendendo o jornalista que em sua função como formador de opinião, expos o fato, que infelizmente não teve lá a aceitação devida a sua figura no meio popular, pois o padre é quase um deus.
Muitos padres se acenderam na mídia. Com o passar do tempo o sucesso foi sendo esquecido e foi voltando para o seu lugar. Mas um padre que soube associar a sua condição clerical e de celebridade foi o padre Zezinho, que sempre se comportou como sacerdote e não deixou a sedução da grande mídia subir para sua cabeça, mesmo que muitos tentem. Mas o que a mídia dá, a própria mídia tira.
Mas tentamos entrar em contato com o padre ou com a sua assessoria, para saber mais informações sobre o ocorrido e não obtivemos êxito, quem sabe ao ler este artigo ele não se pronuncie.
