Pe Edilson Durate
As acusações de pedofilia envolvendo padres católicos da cidade de Arapiraca, pertencentes a Diocese de Penedo, comandada pelo Bispo Dom Valério Breda, tomaram uma gigantesca proporção e continuam assustando a população, principalmente católica, que custam a acreditar nas cenas que tomam conta dos celulares e enchem os e-mails de prosélitos de todas as vertentes religiosas, com as cenas de homossexualismo entre um monsenhor e um jovem, que tiveram suas cenas íntimas filmadas na própria casa paroquial.
De acordo com as informações a polícia de Alagoas deve começar, ainda esta semana, a analisar a cópia de uma gravação que pode resultar nas primeiras prisões dos supostos integrantes da Máfia da Pedofilia, investigada a partir de uma série de denúncias contra padres de Arapiraca exibidas em nível nacional no programa Conexão Repórter, apresentado pelo jornalista Roberto Cabrini, no Sistema Brasileiro de Televisão – SBT.
Em parte da entrevista Pe Edilson diz: “O rapazinho (Fabiano) esta sendo vigiado … vigiado… Eu digo isso porque o outro esta sendo vigiado 24 horas. Tenho certeza plena que esta vigiado 24 horas … só digo uma coisa, se ligue viu …, olha, morreu aqui, morreu aqui … ‘… veja bem … mexeu com ele … esses homens são infelizes, vai até o fim … depois do Cícero ter uma conversa em Feira Grande quem se arrombou foi o ‘pivete’ … o pivete desapareceu”.
Policiais que trabalham nas investigações querem saber quem foi o garoto que desapareceu e quem seria o homem de nome Cícero, citado pelo padre Edilson Duarte. O padre Edilson também deixa claro que antes do programa Conexão Repórter ir ao ar, pessoalmente trouxe para Maceió o Monsenhor Luiz Marques, o mesmo que aparece em um vídeo mantendo relações sexuais com seu ex-coroinha. O padre nega que o monsenhor tenha deixado Alagoas.
Na semana passada a polícia ouviu uma criança de 11 anos que teria sido forçada a beijar um dos padres acusados. Também nessa mesma semana foi ouvido o pai do ex-coroinha Flávio Ferreira. Neusvaldo Lima Barbosa disse que vai ajudar o filho que segundo ele está sofrendo muito e precisa de ajuda.
Ainda de acordo com Neusvaldo, a filha caçula, a menor de iniciais R.V.B. já teria sido coroinha do Monsenhor Luiz Marques Barbosa, na igreja de São José, no bairro Alto do Cruzeiro. “Flávio foi o primeiro a ser coroinha. Começou quando tinha oito anos de idade, depois foi minha filha que também ajudava o Luiz Marques com os trabalhos na igreja. Como minha filha era a única mulher da turma, o Monsenhor, proibia a menina de ficar junto do irmão e de outros coroinhas na casa paroquial”, revelou.
A polícia também ouviu as diretoras da escola Francisco de Assis, onde os ex-coroinhas estudavam e que tinham as mensalidades pagas pelos Monsenhores Luiz Marques e Raimundo Gomes. O teor dos depoimentos não foi revelado pelas delegadas que alegam que as investigações seguem em segredo de Justiça.
As delegadas Bárbara Arraes e Maria Angelita Melo já solicitaram a prorrogação das investigações que mobilizou também os senadores que integram a CPI nacional da Pedofilia.
