Gerson Odilon, explicou que é muito raro acontecer casos desse tipo
Um distúrbio que impede o paciente de se movimentar, apesar de manter os sinais vitais e os sentidos funcionando, a catalepsia é um caso raro registrado na Medicina, mas que pode acontecer, deixando a pessoa em estado de morte aparente.Na literatura médica já foram registrados alguns casos, inclusive de pessoas que foram enterradas, quando se encontravam em situação como essa.
O legista e diretor do Instituto Médico Legal de Alagoas Estácio de Lima, Gerson Odilon, explicou que é muito raro acontecer casos desse tipo e, não se deve confundir com estado de transe, hipnose ou choque emocional.Segundo ele, nesse processo há um comprometimento de origem neurológica, onde os batimentos cardíacos e respiratório persistem, mas não são percebidos.E, pode ocorrer devido um surto psicótico, esquizofrênico , de origem congênita, devido o alcoolismo e até mesmo um Acidente Vascular Cerebral.
De acordo com ele, há casos em que a pessoa está escutando e ouvindo.E, pode durar alguns minutos, como também horas e dias.Por isso, o médico alerta para necessidade de uma análise mais profunda do paciente, observando se não apresenta reações aos estímulos, bem como o comportamento dos movimentos cardíacos e respiratórios.Gerson Odilon explicou que pelo Artigo 162 do Código Penal , os casos de morte por meio de transplante é obrigatório uma investigação da causa morte, com exames complementares para verificar se realmente a pessoa morreu.
Uma outra prática adotada após o falecimento, é realizar a autópsia seis horas após ser decretada a morte, quando além da rigidez cadavérica, apresenta os livores, ou seja como o sangue não tem mais como circular se concentra na parte baixa do corpo. E, quanto ao sepultamento, Odilon afirma que a orientação é para que ocorra com 24 horas após a constatação do óbito.
Durante os 20 anos de Medicina Gerson Odilon, informou que já foi chamado para verificar um corpo no IML, onde as pessoas acreditavam que estivesse vivo. Mas na realidade o morto tinha um marcapasso que estava funcionando, fazendo com que ele tivesse sinais de vida. Após retirar o equipamento os sinais desapareceram.
Divaci Cordeiro dos Santos, 60, acabou falecendo na madrugada desta quinta-feira (17), no HGE, vítima de complicações de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
