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Alagoas

Operário de nova adutora já conta com fim do banho de cuia no Agreste de Alagoas

Adutora irá beneficiar moradores da região Agreste de Alagoas

Racionar água tem sido rotina na vida do auxiliar de serviços gerais José Carlos Ferreira dos Santos, de 28 anos. Morador da cidade de Girau do Ponciano, no Agreste alagoano, José Carlos conta que cresceu vendo a mãe espalhar baldes, panelas e acordar de madrugada para armazenar a maior quantidade de água que pudesse, a fim de suprir as necessidades da casa.

“Desde que tinha 8 anos, acompanho o sofrimento do pessoal lá em casa para guardar água, porque ela chega pela manhã, fica um tempo e geralmente vai embora no fim do dia. Ainda hoje, adulto, tenho que tomar banho de cuia. O pior é que o comum é a água faltar por uns 15 dias seguidos”, relata.

Mas José Carlos Ferreira sabe que a vida dele e a de outras 400 mil pessoas vai mudar quando a nova adutora do Agreste entrar em operação. E ele ainda se considera privilegiado por fazer parte da obra que está transformando a região onde nasceu e cresceu: José Carlos é um dos mais de 50 homens que trabalham na implantação dos 5 Km de tubulação no trecho onde está sendo construída a Estação de Tratamento de Água (ETA) da adutora.

“Sou dos serviços gerais, faço a limpeza, mas me sinto como se estivesse instalando um tubo desses para a água passar e chegar às torneiras das cidades que vão ganhar essa maravilha de obra. Posso dizer que sou privilegiado”, orgulhou-se José Carlos.

“Lá em Girau, sou eu quem levo as notícias sobre como andam as obras da adutora. Minha família não se aguenta de ansiedade pelo fim da falta de água que atormenta nossa região. Todos nós não vemos a hora disso acabar”, disse o funcionário.

Iniciada ainda na gestão de Marco Fireman na Secretaria de Estado da Infraestrutura, a adutora do Agreste fica pronta neste semestre, de acordo com o cronograma de obras.

Além de Arapiraca, a nova adutora vai dobrar a oferta de água em Craíbas, Igaci, Girau do Ponciano, Campo Grande, Coité do Nóia, São Brás, Lagoa da Canoa, Olho d’Água Grande e Feira Grande, dando fim ao racionamento nestas cidades.

“Quando começamos a construir a adutora enfrentamos muita desconfiança de algumas pessoas. A oposição aqui em Arapiraca disse que estávamos enganando o povo da cidade e do Agreste, pois a adutora só sairia com recursos do governo federal”, conta Marco Fireman.

“Provamos que não estávamos para brincadeira. Hoje estou aqui, vendo que falta pouco para a obra chegar ao fim e acabar com o sofrimento do povo dessa terra, que precisa dessa adutora para seguir crescendo e impulsionando o desenvolvimento do estado”, declarou Fireman nessa quinta-feira (20), durante visita à estação de tratamento e a outras obras da adutora em Arapiraca.