Devido a má qualidade dos serviços oferecidos pela operadora de telefonia móvel Oi em Alagoas, o Procon/AL, o OAB Consumidor e o Ministério Público Estadual realizaram, nesta quarta-feira (30), na sede do Procon/AL, uma reunião com a empresa visando esclarecimentos sobre as panes constantes na operadora.
Dificuldades para realizar ligações, interrupções das chamadas e não acesso a internet são as maiores queixas dos usuários. As maiores reclamações foram decorrentes do congestionamento ocorrido no último dia 16 de maio, quando um rompimento de um cabo de fibra ótica em Pernambuco prejudicou alguns estados do nordeste. Durante o período das 8h20 às 11h30, nenhum consumidor conseguiu ter acesso aos serviços de telefonia móvel e internet 3G. Nesse dia, o Procon/AL realizou mais de 200 reclamações.
Os órgãos de defesa do consumidor também questionaram os seguintes problemas enfrentados pelos clientes diariamente: o atendimento da central através do asterisco 144, a indisponibilidade do Oi fale ilimitado e a quantidade de pessoas que aderiram ao plano. Segundo o superintendente do Procon/AL Rodrigo Cunha, a operadora tem obrigações com os usuários. “Eles não podem ser responsabilizados e nem lesados por ingerência da empresa. Queremos que a Oi compense esses clientes pelos serviços não efetuados”, ressalta Cunha.
A operadora Oi garantiu que no próximo mês de junho vai ajustar os serviços, pois neste período os contratos da Oi fale ilimitado estarão encerrados. De acordo com os representantes da Oi, a empresa vai criar a 3ª via de Maceió para Recife para evitar que ocorram novos congestionamentos. Além de aumentar, no período de 6 meses, o número de lojas da Oi no Estado para um melhor atendimento aos clientes. A operadora também garantiu que no mês de julho do presente ano os serviços se normalizam com a instalação da nova BSC ( equipamento responsável pela conexão das torres) e com a ampliação dos sites novos.
Para os Promotores do Direito do Consumidor, Denise Guimarães e Marx Martins, a reunião produtiva. “Vamos aguardar que a Oi solucione os problemas até o mês de julho”, explica Martins. “Caso nada seja resolvido neste período, iremos entrar como uma ação contra operadora semelhante a da Tim, a qual poderá ter os serviços suspensos se descumprir o acordo”, ressalta a promotora Denise.