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Alagoas

Operação Rodoleiro: PF pede prorrogação da prisão de diretores do TC

Sede da Polícia Federal em Maceió

A Polícia Federal (PF) solicitou à 2ª Vara da Justiça Federal em Alagoas a prorrogação da prisão de Deivis Portela de Melo Filho e e José Pereira Barbosa, respectivamente, diretor financeiro e diretor de Recursos Humanos do Tribunal de Contas do Estado, presos durante a Operação Rodoleiro.

De acordo com o delegado Antônio Miguel, que comandou a operação, a Polícia não pediu a prorrogação da prisão do empresário Sérgio Gomes de Barros, um dos donos da Academia Top, que foi alvo de mandado judicial durante a ação policial. O empresário deixou a carceragem da Polícia Federal por volta das 19h desta segunda-feira (24). Ele foi libertado depois de cumprir cinco dias de prisão temporária.

Segundo a polícia, os dois ex-diretores precisarão ficar detidos por mais cinco dias porque precisarão ser ouvidos novamente.

Operação Rodoleiros

A operação Rodoleiros foi deflagrada na manhã de quinta-feira, 20 de outubro, pela Receita Federal e pela Policia Federal terminou com a prisão de diretores do Tribunal de Contas de Alagoas. De acordo com as informações distribuídas à imprensa pela assessoria de comunicação da Polícia Federal, o esquema pode ter resultado em um prejuízo de aproximadamente R$ 100 milhões, durante os cinco anos em que foi aplicado no estado.

O esquema funcionava em Maceió e mais duas cidades do interior e era aplicado diretamente no imposto de renda de servidores do Tribunal de Contas de Alagoas. Segundo o delegado da Receita Federal em Alagoas, Edmundo Tojal, que concedeu entrevista coletiva sobre a operação, os valores informados na folha de pagamento dos servidores do tribunal eram bem inferiores ao valor real da dívida.

Os levantamentos feitos pelos agentes nos documentos apreendidos durante a operação mostraram que de 2009 até os dias atuais foram desviados cerca de R$ 30 milhões.

Além das prisões os policiais cumpriram ainda 12 mandatos de busca e apreensão que resultaram na recuperação de 102 cavalos, 50 pássaros silvestres, as armas de fogo, documentos e computadores em empresas ligadas aos diretores do Tribunal de Contas.

Ainda durante a entrevista coletiva os delegados que investigam o caso contaram que um dos diretores do tribunal usou o dinheiro desviado do imposto de renda dos servidores para montar o haras e o outro aplicou parte do montante na luxuosa academia de ginástica.