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Maceió

Operação notifica e multa restaurantes na Avenida Amélia Rosa

Após uma denúncia de que um restaurante havia descartado óleo de cozinha servido no canteiro da Avenida Amélia Rosa, no bairro da Jatiúca, no último fim de semana, a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) mobilizou uma operação conjunta na tarde dessa terça-feira (27) com a Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) e a Vigilância Sanitária.

Além de autuar o estabelecimento infrator, a ação teve como objetivo fiscalizar os demais bares e restaurantes localizados na via sobre a destinação do óleo, apresentação de licença ambiental, Programa de Gerenciamento de Resíduos (PGR) e verificação das condições higiênicas e sanitárias. Com um volume estimado de 50 litros de óleo de cozinha, o descarte inadequado realizado pelo restaurante chegou a causar acidentes com motos que trafegavam pela movimentada avenida.

Além de receber o auto de infração por crime ambiental pela Sempma, o estabelecimento foi multado pela Vigilância Sanitária por deixar expostos gêneros alimentícios que devem permanecer constantemente refrigerados. A Slum emitiu notificação para apresentação do PGR, uma vez que há evidências de que o negócio gera um volume de resíduos diários superior a 100 litros.

De acordo com o Código Municipal de Limpeza Urbana, toda geração de resíduos superior a 100 litros de resíduos por dia deve ser coletada por empresa licenciada que irá promover a destinação final correta para o Aterro Sanitário de Maceió.

A operação visitou mais dois estabelecimentos comerciais. Um restaurante foi autuado pela Sempma por enviar dejetos provenientes de lavagem para a galeria de águas pluviais. Já no último estabelecimento visitado pela operação – que deve se estender até a sexta-feira – não foram encontradas irregularidades.

Como descartar

A resolução 009/1993 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) dispõe sobre a proibição de quaisquer descartes de óleos em solos, águas superficiais, subterrâneas, no mar territorial e em sistemas de esgoto ou evacuação de águas residuais.

No caso dos crimes ambientais, o agente de fiscalização da Sempma, Rosivan Mendes, explicou que o despejo do óleo de cozinha provoca a contaminação e impermeabilização do solo e, consequentemente, pode vir a poluir a galeria de águas pluviais e o lençol freático, além de causar mau cheiro e o encarecimento dos processos de tratamento de água e esgoto.

O óleo de cozinha proveniente de fritura pode ser reciclável. A reutilização mais comum é a utilização como ingrediente para a fabricação de sabão. Em Maceió, há diversas formas para que cidadãos e estabelecimentos comerciais promovam o descarte correto do resíduo.

As três cooperativas de catadores em atuação atualmente na capital recebem óleo de cozinha em qualquer quantidade. Já a empresa RCW Pioneira realiza a coleta para volumes superiores a 20 litros e ainda compra o resíduo no valor de R$ 0,30 (trinta centavos) por litro ou troca por materiais como sabão e cloro. Com sede em Aracaju, a empresa possui representação local e atende a mais de 100 clientes em Maceió, como hotéis, restaurantes, bares e barracas de praia. O óleo comprado é reutilizado para a fabricação de sabão.

Confira abaixo os contatos para descartar o óleo de maneira correta:

Cooperativas

Coopvila – 3241-4739

Cooplum – 8840-2028

Cooprel – 9933-2478

RCW Pioneira

0800-702-3165 / 9327-1114