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Alagoas

Operação “Gabiru”: Relator pede 12 anos de prisão para prefeitos

O prefeito de Igreja Nova, Neiwton Silva

O julgamento dos envolvidos na Operação Gabiru teve início nesta quarta-feira, 21, na sede do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, em Recife. Os prefeitos foram presos pela Polícia Federal em maio de 2005, sob a acusação de desviar verbas que seriam destinadas a aquisição de merenda escolar.

O processo, que tem como relator o desembargador Marcelo Navarro, julga 17 pessoas, entre eles o prefeito de Igreja Nova Neiwton Silva e seu ex-secretário de finanças, Paulo Roberto de Oliveira. Foram presos prefeitos, ex-prefeitos e secretários municipais.

Primeiro dia de Julgamento

O relator do caso abriu seu voto condenado os prefeitos envolvidos a 12 anos e seis meses de prisão. Outros três desembargadores votaram pedindo mais tempo de prisão para os réus. Para o desembargador Rogério Fialho, da Paraíba, o correto seria a absolvição do ex-prefeito Neiwton Silva.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal de Alagoas, o prejuízo causado aos cofres públicos se aproximou da casa dos R$ 45 mil.

Operação Gabiru

A “Operação Guabiru” foi deflagrada entre os anos de 2001 e 2005, com o apoio da Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, a partir dos dados levantados pelo MPF e pela Controladoria-Geral da União. A operação visava combater atos de improbidade administrativa.

De acordo com o procurador da República em Arapiraca, José Godoy Bezerra de Souza, os acusados deixaram de realizar procedimentos licitatórios, causando prejuízo aos cofres, contratando mercadorias com preços superfaturados e enriquecendo ilicitamente, recebendo valores maiores que as mercadorias fornecidas.