O promotor de Justiça Alberto Tenório conseguiu desmontar um esquema de prostituição infantil em bares no Centro e na periferia de Arapiraca. Com o apoio do Conselho Tutelar, Secretaria Municipal de Assistência Social, Polícia Militar e Polícia Civil, ele localizou e apreendeu 15 mulheres dentro dos prostíbulos, além de recolher três crianças que estavam sob situação de risco dentro de um dos bares. Um bebê de pouco mais de sete meses precisou ser encaminhado ao médico, pois estava desnutrido e com sintomas de pneumonia. A mãe era garçonete em um dos bares fiscalizados.
As meninas eram da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Todas foram recolhidas para a Casa de Passagem administrada pela Paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho – que conta com serviço médico, assistencial e psicológico. Já três adultos foram levados até a Delegacia de Arapiraca para prestar esclarecimentos. No momento da operação as meninas não portavam nenhum documento de identificação.
O promotor de Justiça Alberto Tenório explicou que após uma série de denúncias obteve os mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz João Luiz de Azevedo Lessa, da Infância e Adolescência. Segundo o integrante do Ministério Público Estadual, a iniciativa teve ao mesmo tempo caráter repressivo e educativo.
“Essa operação serve para mostrar que nós não vamos cessar nenhum minuto com o nosso trabalho de combate a exploração sexual de crianças e adolescentes”, disse o promotor, elogiando a ação integrada. Tenório contou que, em média, as meninas cobram R$ 20 por programa e ainda repassavam parte do dinheiro para as proprietárias dos bares.